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sexta-feira, 14 de agosto de 2009

“Veronika Decide Morrer” tenta nos oferecer auto-ajuda em forma de filme

Uma moça tenta se matar, mas não consegue. Ao despertar, recebe a notícia de que está condenada a morrer a qualquer momento, por causa de um aneurisma prestes a arrebentar no cérebro. Toda a trama se baseia nessa idéia de uma morte anunciada, ainda que sem hora para chegar, exatamente como em “Moinhos de Vento” − mini-série que eu, Daniel e Mas e Leilah Assunção escrevemos para Walter Avancini (foto abaixo) em 1983. Mas não estamos falando de plágio, apenas coincidência. Mesmo escrito por dois profissionais, o roteiro de “Veronika Decide Morrer” é lamentável.
A começar pela personagem do título, os personagens não tem consistência e são mal construídos. Como o da competente Melissa Leo, que vimos em “Rio Congelado” (2008). A clínica psiquiátrica em que a suicida se acha internada ora é apresentado como um lugar elegante, em que os internos têm um piano de cauda à disposição; ora é mostrado como um hospício comum, em que os as pessoas são tratadas com violência e drogas pesadas. O personagem do garoto com quem a suicida se envolve e por causa de quem ela volta a ter interesse pela vida é tão primário que os roteiristas o deixam mudo durante o filme todo, economizando o trabalho de escrever falas para ele. Além de tudo, o personagem principal não é a paciente Veronika, mas o médico que cuida dela. O enredo se resume ao relato de uma terapia, em que o psiquiatra é o único elemento ativo.
Veronica decide Morrer
estreia 14 de agosto 2009
EUA - 2009
Distribuição Imagem
gênero drama
Direção de Emily Young
Com Sarah Michelle Gellar, Melissa Leo, Jonathan Tucker

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