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sábado, 31 de março de 2018

Filmes históricos de ficção que são gravados como documentários



Cena de "A Tomada do Poder por Luís XIV", de Rosselini

Na BBC inglesa, em 1964, em lugar de criar documentários com aparência de filmes de ficção, como já se fazia há muito tempo, o diretor Peter Watkins decidiu trilhar o caminho inverso: ou seja, produzir dramas, ou narrativas dramáticas usando técnicas de documentários. O resultado então foi o clássico “Culloden”: assim se chama a história da Revolta Jacobita de 1745 na Inglaterra. 

Quase ao mesmo tempo, em 1966, um dos pais e pioneiros do neorrealismo, Roberto Rosselini apresentava na RAI italiana o drama (ou docudrama) “A Tomada do Poder por Luis XIV”, filmado na França e revelando um modo fazer cinema a cores, mas de modo um tanto semelhante ao de Peter Watkins. 

Nesse filme histórico, por exemplo, uma simples refeição do Rei, diante de dúzias de cortesãos, assistindo como se estivessem numa cerimônia religiosa, vale como uma sequencia inteira. Sem explicitar esse fato, a não ser para os dirigentes da TV, o filme era pedagógico e pretendia valorizar os detalhes. Acima tudo não tinha a menor pressa para terminar. 

Por sua vez, o britânico Watkins, em no docudrama Culloden filma um tiroteio de canhões, quase em tempo real. Trata-se aí da última guerra civil travada na Inglaterra, ou seja, um drama central na História daquele país. 


Esse é o som que ouvimos nas primeiras cenas do filme, idêntico um telejornal dos anos de 1960. Aliás, as imagens foram filmadas nos anos de 1960, mas se referem a meados do século XIII. 
 
A história dessa guerra e de tudo o mais sobre aquela época se transformou na premiada série de TV inglesa: Outlander. O roteiro vale como um compêndio de história política e com certeza logo logo deverá influenciar a nossa dramaturgia televisiva. E quanto aos franceses?
Nesta cena de Luis 14, Roselini destaca a fala do rei, num discurso pausado e aparentemente frio. Apesar de o monarca estar, literalmente, tomando o poder. Um poder absoluto naquele reino. Certamente se fosse contada hoje em dia, essa mesma história pediria outra cena, e montada num estilo áudio visual bem diferente. 

Se fosse numa novela de TV, ou melhor ainda, num seriado de TV a cabo, ninguém iria estranhar que a monarquia absolutista pudesse ser transformada numa conto de fadas...

Trata-se da super série Versalhes, que aliás vamos comentar num dos próximos programas. Versalhes é o nome do Palácio que Luiz 14 construiu e de onde governava. Mas, series como esta nos ensinam que o cinema é capaz de filmar pensamentos e palavras que moldaram o nosso mundo. Como esta, em que o Rei sol Luis 14 informava ao mundo que “letá cé moá”, ou seja, “Estado sou eu”.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Das mil caras aos mil gestos: os atores "marciais" de hoje em dia...


Charlize Theron em cenas de ação de "Atômica"

Determinados atores do cinema mudo se aprofundaram na habilidade de criar personagens, isto é, na arte da caracterização. E alguns faziam dela o seu verdadeiro modo de vida. Toda a carreira de Lon Chaney (1883-1930), por exemplo, se transformou num slogan hollywoodiano feito em carne e osso. O título da biografia dele filmada em 1957 tinha exatamente esse rótulo quase inumano: 
O Homem das Mil Caras

Mas ele já tinha se afastado do cinema que adotara o som como indispensável. Chaney continuaria usando a coroa de maior ator característico do cinema mudo. Mesmo assim, com a invenção do cinema falado ele tentou renovar o seu slogan para “o homem das cem vozes”. 

No único filme sonoro que ele fez, que foi Trindade Maldita de 1930, Lon Chaney interpretava um ventríloquo de circo.

Após essa introdução na qual o som já antecipa o gênero do filme, fato é que o cinema procurava corporificar, ou seja, filmar a ideia de alguém capaz de fazer... não exatamente mil caras, mas mil gestos. Gestos em movimento, todos diferentes uns dos outros e com a câmara desenhando cada uma das tomadas. Isso passou a acontecer no começo dos anos 70 com os sucessos do lutador Bruce Lee.

Mais tarde esse projeto ao mesmo tempo artístico e corporal deu origem às personagens de Claude Van Dame, Dwayne Johnson e Vin Diesel. Ou seja pancadaria em lugar de estilo: um coquetel de Kung Fu, esteroides e caratê... Conforme talvez classificasse a professora Adriana Vaz, um “design de aparência” fadado a perder em potência muscular mas a ganhar em sensibilidade, técnica e intuição. 

A propósito, muito apreciado nos cinemas, esteve Atômica, filme no qual Charlize Theron faz uma versão de guerreira mais agressiva e mais ambígua do que aquela gladiadora que Mila Jovovich apresentou em Resident Evil
O diretor de Atômica chamase se chama David Leitch e hoje é o maior especialista americano em dirigir stunts, ou seja, os extras para as cenas perigosas. Em outras palavras, um dos poucos profissionais habilitados em passar para o cinema a liberdade visual e narrativa dos quadrinhos.

De fato, no mundo das heroínas femininas, onde Angelina Jolie e Marion Cottillard praticam pugilato, parece que o tempo da delicadeza está se encerrando...


terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Filme dirigido por Thierry Frémaux, "Lumière" enquadra os primórdios do audiovisual



Poster do filme de Thierry Frémaux

Em 1922, quando o gênero documentário nasceu, junto com os primeiros fotogramas de Nanook o Esquimó, o cinema já era maior de idade fazia 27 anos. Além disso, já vestia calças compridas, ou seja, tinha se transformado na indústria, a mais importante na área do entretenimento. Charles Chaplin já tinha tocado e seduzido o mundo inteiro com a sua inventividade, quando o cinema incorporou o som e, consequentemente, a palavra à sua linguagem. 


  
Carlitos já tinha desenhado o mapa para quem pretendesse alcançar o coração e a alma do público. Era, portanto o momento de comunicar-se também com a mente das plateias. Assim como apenas os antigos pregadores conseguiam, já era possível tocar-lhes a moral e a inteligência – ou mesno a ignorância – Resumindo, o cinematógrafo já tinha em mãos o bilhete de entrada para o infinito mundo interior de seus adoradores 
Visionários como Méliès, Griffith e Eisenstein já tinham desenvolvido uma retórica para o áudio visual, ou seja, inventaram meios e modos mais atraentes, pelos quais seria possível dizer melhor e mais claramente qualquer coisa. Inclusive fábulas ou sonhos asté mesmo 

Determinados sábios hoje se dedicam a elaborar uma espécie de arqueologia dessa modalidade de filmes, que constituem o agora chamado gênero documentário. Foram identificadas copiosas tendências, estilos e até movimentos, que iam se manifestando e se transformando no decorrer do último século. 
Escreveram-se milhares de teses e artigos. Reuniram-se incontáveis simpósios e seminários a respeito. Até que um grupo de estudiosos desconfiou de que talvez estivesse faltando apenas uma coisa: apenas o essencial, isto é, que se verificasse o que o próprio cinema teve a dizer, no exato momento em que era inventado. Em outras palavras, no tempo em que ainda se achava nas mãos de seus criadores. Falamos dos Irmãos Lumière
Está para ser lançado em São Paulo um documentário sobre os primeiros filmes de cinema: aqueles produzidos por seus próprios inventores. Dirigido por Thierry Frémaux (aliás o atual diretor do Festival de Cannes) e produzido pelo Crítico Bertrand Tavernier, o documentário Lumiere  nos prova que os elementos essenciais da linguagem cinematográfica já se achavam contidos nos primeiros filma história. 

Trata-se de um compilado de 114 obras dos irmãos Lumière, os inventores do cinema, restauradas em 4 k. O resultado é um filme de uma hora e meia, composto e comentado por THIERRY FRÉMAUX. Ele dispensa a complexidade hermética das teorias e simplesmente aponta para a própria matéria dos filmes primordiais para expor o seu verdadeiro valor.

sábado, 2 de dezembro de 2017

Novo filme do talentoso Aly Muritiba, "Ferrugem", estará na competição do Festival de Sundance



Aly Muritiba (ao meio, de camisa cinza) comanda o jovem elenco de "Ferrugem"

Ainda hoje entre nós tem gente que muda de calçada quando passa em frente de um cinema em que um filme brasileiro esteja em exibição. Isso equivale a uma pessoa que vira a página do jornal ou revista que ameaça transmitir alguma notícia referente ao cinema nacional. Por isso, o conhecimento sobre esse tema é tão carente em nossa sociedade. Por acaso, ou por insistência dos distribuidores, os festivais e as competições internacionais de cinema tem colaborado para diminuir um pouco esse desconhecimento. 
A notícia é que o trabalho mais recente do cineasta brasileiro Aly Muritiba, com o título de “Ferrugem”, acaba de ser selecionado oficialmente para a mostra competitiva do festival Sundance de 2018. Esse evento acontece a mais de 30 anos em Salt Lake City e focaliza apenas filmes que se destaquem por sua potencialidade de causar impacto artístico e criativo. Foi o que aconteceu com obras notáveis como “Cães de Aluguel” (1992), “Pequena Miss Sunshine” (2006), “Whiplash: Em Busca da Perfeição (2014), e "Para Minha Amada Morta" de 2015 (que aliás ilustra hoje a nossa trilha sonora) 

Aquela foi a primeira vez que Aly Muritiba recebeu um prêmio no Festival de Sundance. Ou seja em 2015, ele foi agraciado com o Global Filmmaking Award daquele ano.  No recente “Ferrugem”, do qual ainda nem temos material promocional para uma possível, estreia, Muritiba mergulha no universo jovem para contar a história de Tati. 

Ela é uma adolescente cheia de vida, que gosta de compartilhar seus melhores momentos no Instagram e no Facebook e que terá sua vida virada do avesso quando algo que ela não queria compartilhar com ninguém cai num determinado grupo de whatsapp que circula no interior do colégio em que ela estuda.

Giovanni di Lorenzi e Tifanny Malaquias em cena do longa

Depois de realizar o seu primeiro filme, "Para Minha Amada Morta", o novo cineasta emergente se manifesta respeito: 

O meu filme anterior falava sobre luto e sobre como imagens registradas por meio de uma câmera VHS podem ter consequências graves na vida de quem a assiste. Decidi então que o meu próximo filme seguiria investigando esse tipo de temática, mas agora situando a história no mundo adolescente. Como já fui professor de ensino médio e sou pai de um adolescente, refleti acerca das redes sociais, ou seja essa comunidade baseada nas aparências.

O filme visita esse universo habitado por autoimagens e promessas de prazer. Mostra de como isto pode acabar submetendo os jovens a uma superexposição que gera conflito de limites entre as esferas publica e privada. "Ferrugem", uma história sobre medo, insegurança e crescimento .

É com ansiedade e muita esperança que aguardamos o lançamento desse novo trabalho de promissor Aly Muritiba em 2018.

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Do mesmo estúdido de "O Grilo Feliz", "Lino" é uma animação que merece atenção!


Cena da animação de Rafael Ribas

No tempo em que a indústria brasileira ainda engatinhava, os empreendedores que visavam o mercado de consumo eram obrigados a recorrer a diversos expedientes para contornar a falta de credibilidade dos produtos nacionais. Isso se verificava em diversos ramos da produção, inclusive no cinema. Determinados filmes de aventura, por exemplo, eram até dublados em inglês, para fingir de americanos. É o caso do emblemático “Lino” - um longa metragem de animação nacional que estreou nos cinemas no dia 7 de setembro e, no lançamento não mostrou o passaporte de Hollywood
Vocês devem estar reconhecendo a voz de Selton Mello na dublagem da trilha sonora, mostrando que este não é o filme da vida dele, mas é sem dúvida um trabalho diferenciado...

Nos últimos meses, talvez um pouco por causa desse estratagema, o filme “Lino” obteve resultados surpreendentes, para a área da animação nacional como um todo. Agora, o filme ganha novas exibições nas salas que participaram do Projeto Brasil, acontecido ainda em meados deste mês. E o longa dirigido por Rafael Ribas tornou-se um campeão de bilheteria, tornando-se provavelmente uma das maiores animações nacional de todos os tempos. O que é ótimo acontecer neste ano em que se festeja o centenário da animação brasileira.

Com quase 300 mil espectadores e mais de R$ 4 milhões arrecadados em bilheteria, o filme é um marco para a indicar a renovação da produção dos desenhos nacionais. Com humor, crítica e inteligência, “Lino” conta a história de um rapaz que se considera o mais azarado do mundo. Cansado de um dia a dia ao mesmo tempo maçante e cheio de complicações, ele procura uma ajuda mística para mudar de vida. 

Selton Mello é o responsável pela dublagem do gato

Mas esse recurso mágico dá início a uma aventura cheia de perseguições e reviravoltas inesperadas
, que por sua vez procuram transformar o próprio cinema nacional de animação. 

O diretor Rafael Ribas é filho do mestre Walbercy Ribas, que começou a fazer desenho animado lá em 1959. E fundou a sua empresa Start em 1966, hoje detentora de status internacional. 
Selton Mello dubla Lino, o protagonista, já a Dira Paes interpreta a voz de uma policial durona e Paolla Oliveira faz uma mocinha ingênua. 
Produzido pelo estúdio de animação brasileiro Start Anima em coprodução com a Fox Film do Brasil. Aliás, outro trabalho recente dessa turma de É O Grillo Feliz. Esse estilo com o qual que eles trabalham alcançou um nível que lhes permite igualar em importância dentro dos roteiros o humor e a ação. E isso fascina na certa para adultos e crianças. Não falha.

domingo, 12 de novembro de 2017

Daniela Thomas, diretora consagrada com Linha de Passe, lança seu novo filme: Vazante



Cena de Vazante

Vazante de Daniela Thomas será lançado em São Paulo. Depois de ser indicado para o prêmio de melhor do último Festival de Berlin, finalmente um filme gerado pelo próprio cinema brasileiro chega até nós. E chega carregado de elogios e indicações positivas. Foi filmado da localidade de Serro em Minas Gerais. Mas a diretora do filme Daniela Thomas nasceu no Rio de Janeiro e é filha do cartunista Ziraldo. A partir de 1980 ela foi fazer teatro em Nova York. 

Voltando para o Brasil ela se associou a Walter Salles, para dirigir filmes como Terra Estrangeira (1996) e Linha de passe (2008). Este que deu a Sandra Corvelloni o prêmio de Melhor atriz em Cannes. Para a diretora Daniella Thomas, Vazante também teve como fonte inspiradora outros filmes, como 2001 Uma Odissséia no Espaço, de Stanley Kubrik, e Vidas Secas do paulista Nelson Pereira dos Santos, principalmente “pelo fato de ser um drama que não precisa de palavras para ser narrado”. 
A língua portuguesa ocupa um lugar primordial na estrutura do filme. A primeira frase pronunciada na trilha sonora é gritada em português lusitano, que o ator lisboeta Adriano Carvalho deve ter pensado num idioma falado antigamente. De fato em sua terra, mas lá no século 19. Em seguida, vemos o primeiro conflito individual entre ele e o líder de seus escravos recém-comprados no mercado. Tratava-se aí um confronto linguístico: o patrão não entendia a língua falada pelo africano e que nenhum dos demais da fazenda conseguia decifrar. 

A partir daí, os conflitos se manifestam sem parar: separando todos de, cada um, de todos os demais... Os dois irmãos que disputam uma propriedade... O capataz que odeia, despreza e ao mesmo tempo bajula o patrão com promessas de produzir alimento... O que era loucura, numa economia de mineração e raríssima agricultura

Num texto assinado, a produção de Vazante indica uma posição individual de onde pode-se ver o filme. Existe a presença de um anjo: uma criança de 12 anos obrigada a se casar com um homem de 45. Desesperado pela morte da 1ª mulher e do filho, ele não dá atenção à sua nova esposa, que ainda era uma criança. Um texto que não está no filme, mas é assinado pelo produtor diz o seguinte dos personagens: “cada um foi deslocado da sua casa original e forçado a coexistência com outros.” Em outra palavras, os portugueses estavam presos à escravidão... assim como também os escravos. 

Por exercer o direito de fazer o próprio filme, um filme de cinema, e não aquele que outros em seu lugar talvez preferissem, Daniela Thomas pagou certo preço. Mas deixou outro recado na sinopse promocional do filme: “As correntes inferiores de violência e preconceito que ainda afligem o Brasil de hoje, aceleram a inevitável tragédia que, por sua vez, anuncia as marés das mudanças.”

sábado, 11 de novembro de 2017

Competente direção de Metz Pederson gera bom drama psicológico em Borg vs McEnroe



Shia LeBeouf e Sverrir Gudnason protagonizam o filme

Cinema e esporte. Essa é uma parceria que atraiu multidões de espectadores e, consequentemente, milhões de ingressos. E isso acontece com todas as modalidades em prática no planeta. Mas os motivos que levam a angariar o sucesso dependem de diversas e imprevisíveis razões. Não há receitas prontas e nem causas secretas para explica-las. 

Recentemente, o produtor americano Zeff Zimbalist, que já tinha feito o documentário Favela Rising, sobre a emergência do movimento Afro Regae, e concebido o ambicioso e super bem produzido docudrama Pelé, o Nascimento de uma Lenda, feito em 2016. E pelo, menos no Brasil, não teve um resultado significativo – comparado com o que rendeu na Itália e nos Estados Unidos. 

Esse fato, apesar de Anibal Massaini ter feito o filme Pelé Eterno que obteve um resultado acima do mediano. Aliás, dizem que filmes a respeito de futebol realizados fora (e também dentro deste país) não costumam bom dar certo. Mas isso não acontece com todos os esportes, haja vista os filmes sobre Boxe que, volta e meia, se tornam verdadeiros blockbusters, dependendo do astro que se acha no ringe. 


O filme Borg vs McEnroe tem produção da Finlândia, além da Suécia e da Dinamarca, porque o título é o relato detalhado da histórica batalha entre o tenista dinamarquês Björn Borg e o americano John McEnroe em Wimbledon no anos de 1980. No elenco temos Shia LaBeouf, no papel do americano de 20 anos, e Sverrir Gudnason, como o dinamarquês de 26 e o grande ator Stellan Skarsgård como o treinador do europeu.

Os verdadeiros Borg e McEnroe, em foto dos anos '80

A direção de Janus Metz Pedersen é competente e primorosa. Prova disso é todos nos já sabemos qual dos dois foi o atleta vitorioso naquela partida. Ou seja, num filme sobre Al Capone, por exemplo, não haverá mistério em torno da pergunta sobre a prisão ou a liberdade daquele bandido. Mas por outro lado, o suspense em torno de Björn Borg é muito forte, porque estava em jogo o seu 5º campeonato lá em Wimbledon, naquele ano de 1980. 

Outro detalhe que enriquece o filme é um mérito do roteiro. Porque ficam absolutamente claras as característica psíquicas e mentais que se acham por trás dos resultados. Na verdade Borg vs McEnroe não é exatamente um filme sobre Tenis e sim, um drama psicológico que analisa e explica duas personalidades patológicas em conflito.