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quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Carlos (ou Cacá) Diegues terá mostra em sua homenagem durante o setembro paulistano



O diretor Cacá Diegues
Entre os dias 07 e 20 de setembro os paulistas poderão assistir a uma retrospectiva completa com todos os filmes de Cacá Diégues, inclusive os curtas, os documentários e mais um programa para televisão francesa, inédito no Brasil. Tudo vai acontecer na sala Aleijadinho do Cine Caixa Belas Artes. O cineasta alagoano está completando 57 anos de uma carreira que começou em 1960, quando ele tinha apenas 20 anos de idade. 
A mostra começa num debate com a participação do próprio Carlos Diegues, além dos cineastas Arnaldo Jabor e João Daniel Tikhomiroff e também dos curadores da mostra Silvia Orós e Breno Lira. A discussão vai acontecer no dia 07 de setembro, às 18h30, com entrada franca, o objetivo é discutir e conhecer um pouco mais sobre o cineasta e sua obra. As senhas deverão ser retiradas uma hora antes do início do evento que está sujeito à lotação da sala. Aliás, ao longo da Mostra o preço do ingresso ficará apenas em 10 reais. 

Com essa revisão completa daquela obra, poderemos refletir sobre os motivos que explicam a sua longevidade e, quem sabe, entender como ele soube enfrentar diversas fases do cinema brasileiro sempre com uma produção de qualidade. No dia 09 de setembro, às 16h, haverá uma master class “O Brasil através de Cacá Diegues”, sobre o total da obra do cineasta, ministrado por Silvia Oroz. Além disso, ela vai ministrar um curso investigando a relação da obra de Cacá Diegues com a história do cinema brasileiro. 
Ou seja, cada filme será contextualizado com aquele momento vivido pelo cinema no Brasil. Segundo a curadora Silvia Oroz, “A longa permanência de Diegues, na produção cinematográfica é um fenômeno excepcional, pois são raros neste país, os diretores com uma filmografia tão vasta e tão duradoura”.

Carlos Diegues foi um dos fundadores do Cinema Novo, ao lado de gente como Glauber Rocha, Paulo Cesar Saraceni e Gustavo Dahl. Diegues dirigiu ao todo 29 filmes, entre curtas e longas. Em 2017 ele deverá lançar nos cinemas mais um trabalho: “O Grande Circo Místico”. São 55 anos dedicados à sétima arte, numa carreira que já acumula mais de 20 Prêmios internacionais, em Festivais como Cannes, Brasília, Cartagena, Miami, Havana, Mar dele Plata, Tóquio e Montreal.
Pode-se dizer que o cinema de Cacá Diegues revela por inteiro a história da formação do país, com destaque para a participação do negro, como alicerce da construção da nossa sociedade. Mas ao longo da sua trajetória, desfilam personagens de todos os tipos grandezas e idades. Inclusive o nosso país e o próprio criador, no filme de 2003, "Deus é Brasileiro". 

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

A animação brasileira ganha novos apoiadores e se torna uma área crescente no nosso cinema


Cartaz de "O Menino e o Mundo", recente aclamada animação brasileira

O desenho animado é uma modalidade cinematográfica atualmente em expansão no Brasil. Algumas produções brasileiras estão disputando festivais ao redor do mundo e já temos faculdades de Comunicação abrindo graduações e pós-graduações nessa área – o que há poucos anos era algo impensável entre nós – mas poderá estar à disposição dos cineastas do futuro 
A produtora paulista Moonshot, do experiente Roberto D´Avila, fechou contrato de coprodução com a jovem Tortuga Studios, empresa brasileira especializada em animação e live action, para o desenvolvimento de uma série de ação chamada "Alex Green". Ela será filmada em stop motion e cut-out, ou seja, a partir de material recortado . Essa terminologia típica de laboratório de informática indica que o desenho animado industrial brasileiro já está nascendo em berço tecnológico.  
Com o nome emprestado de um físico famoso, "Alex Green" narra as aventura de um garoto de 13 anos que pretende se tornar um mago. Criada pela Moonshot, a série terá 52 episódios de conteúdos voltados para magia, aventuras épicas medievais e ficção científica com sotaque brasileiro.

Este projeto inaugurou o ensino verdadeiramente profissional para os alunos que estão se graduando em animação pela FAAP. A ideia é associar ensino e treinamento em técnicas de animação, de acordo com de Roberto d´Avila ao lado de Eliseu de Sousa Lopes Filho, que concebeu o curso de Animação da FAAP.

E a fila segue com a Migdal Filmes anunciando outra série brasileira de animação. É a "Condomínio", inspirada nas tirinhas de Laerte e exibida pelo Canal Brasil. Serão dez episódios de 11 minutos cada, com cinco ou seis esquetes ligados por um tema. O projeto vai retratar o dia a dia dos impagáveis moradores de um condomínio de classe média em São Paulo. A graça vem deles serem obrigados a conviver apesar das suas desavenças.

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Veja alguns filmes selecionados por programas de incentivo ao audiovisual



Luiz Bolognesi, que fará um workshop do Edital para Filmes Transformadores


Houve um tempo em que o sistema de produção de filmes no Brasil envolvia volumes menores e com menos gente trabalhando. Os produtores usavam as suas economias ou procuravam financiamento em bancos. Em seguida, contratavam técnicos e artistas, compravam filme virgem, filmavam, montavam, divulgavam e finalmente aguardavam o público se manifestar pelas bilheterias. Agora que existe o mecenato e os incentivos fiscais para o audiovisual, se espalha uma nervosa busca pelos editais que selecionam os agraciados para receber o patrocínio.Atualmente fala-se muito de um Edital para Filmes Transformadores, que tem o apoio da produtora e gravadora Universal. Houve uma etapa inicial que escolheu 5 finalistas. Eles participaram de um workshop com o cineasta Luiz Bolognesi que, até o fim desta semana, irá trabalhar com as equipes para o aprofundamento dos roteiros. A gravadora Universal vai oferecer como insumo o licenciamento gratuito de 80 obras musicais para serem utilizadas, nas trilhas sonoras. Essa é uma face sonora do marketing

Dos 172 inscritos participam da etapa final apenas cinco projetos, que também receberão da Coca Cola 1 milhão de reais cada. São eles:

“A Revolução Será Televisionada", de Paschoal Samora,
"Azul Calcinha", de Rafael Primot,
"Do Jeito que São", de Bianca Lenti,
"Eleições", de Alice Riff, e
"Para Além dos Tribunais", de Flávio Botelho.

Todos esses produtores são do Rio e de SP. E também prossegue o cobiçado Programa Brasil de Todas as Telas, comandado pela Ancine e pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). O dinheiro para 6 projetos vem desse banco e de recursos do Fundo Setorial do Audiovisual, no total de R$ 5,13 milhões. Os felizardos são quatro séries para a televisão, além de um telefilme e um longa-metragem de ficção. São eles:

“Opção América" – de Adriana Dutra, Série documental do Canal Brasil, sobre imigrantes latinos.
"O Oráculo das Borboletas Amarelas" – de Tatiana Nequete, Série de ficção da Empresa Brasil de Comunicação, sobre uma menina que reage ao câncer de seu avo;
"A Cara do Futuro” - Série documental de Diego Maceiras sobre tecnologias de ponta e pesquisas inovadoras criadas no Brasil.
"Destino Incomum" – Civilizações perdidas" – Série documental de Henrique Castro Mendel, sobra locais em que, no passado, floresceram grandes civilizações.
"Um Filme de Verão" de Jo Serfaty – Telefilme documentário sobre quatro jovens moradores de favela, que poucas vezes saíram de seu bairro para circular pela cidade.
"4 x 100", de Tomás Portella – Longa-metragem de ficção, sobre os dramas e conflitos de moças que foram atletas olímpicas;

Vamos tomar nota de todos esses nomes todos, só pra ver se, um dia, 10%, ou pelo menos um esses títulos vier a ser lançado... Isso seria uma esperança de recuperação para o dinheiro público aí investido e de divulgação para todos aqueles que trabalharam nesses 11 filmes..
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