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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Mas afinal, a Angelina Jolie é ou não é competente como diretora?


A pergunta é simples, mas a resposta pode não ser. Não há dúvida de que este seu primeiro filme atualmente em cartaz seja importante, do ponto de vista cultural, e muito correto, em termos de artesanato cinematográfico. Público e crítica o consideram um trabalho sério, ainda que deprimente e indigesto. Não é realmente uma peça voltada para a mera diversão, ou seja, não foi feita para entreter as pessoas, mas para informar e levá-las a pensar. "Na terra de Amor e ódio" é um drama pesado e angustiante, quase uma tragédia, ambientada na guerra da Bósnia, que há dez anos destroçou a Yugoslávia, colocando em confronto os sérvios e os bósnios, as duas etnias que conviviam naquele país. 
A guerra começou no dia em que dois jovens se conheceram e se apaixonaram. Ele sérvio (Goran Kostic) e ela bósnia (Zana Marjanovic), se reencontraram num campo de concentração, ele como comandante e ela como prisioneira e amante. O relacionamento prosseguiu naquele cenário, em que o militar tentava protegê-la, mesmo contra a vontade do pai, que era um dos generais do exército sérvio (Rade Serbedzija). Fica mesmo complicado classificar essa história como um caso de amor, porque se manifesta num clima de ressentimento, violência extrema e profunda desconfiança mútua. Não há dúvida, portanto, que Angelina teve coragem ao produzir um contundente grito de protesto contra a guerra, completamente apartado da indústria hollywoodiana, neste primeiro passo como cineasta. 
NA TERRA DE AMOR E ÓDIO 
In the Land of Blood and Honey
EUA, 2012, 127 min, 12 anos
Estreia 07 12 2012
gênero drama /história /guerra 
Distribuição: Paris Filmes.
Direção: Angelina Jolie 
Com Zana Marjanovic, Goran Kostic e Rade Serbedzija
COTAÇÃO
* * *
B O M

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

"Os penetras" é uma comédia "autoral" de um diretor que se destaca pela seriedade.


Dirigido por Andrucha Waddington, "Os Penetras”, com Marcelo Adnet, Eduardo Sterblitch e Mariana Ximenes registrou a maior abertura entre os filmes nacionais em 2012. A comédia estreou em 316 salas com 335.000 espectadores (média de 1.060 espectadores por sala). É mais uma produção nacional que segue a senda de sucesso trilhada recentemente por títulos como “E aí comeu?” e “Até que a sorte nos separe”. O resultado é positivo, principalmente porque este traz uma qualidade pelo menos um degrau acima dos demais. 
Há uma preocupação maior com a dramaturgia, o que era de se esperar, não só pela reputação do diretor — que já fez obras sofisticadas como “Casa de Areia” (2005) e “Eu tu eles” (2000) — mas pela presença de Marcelo Adnet, talvez o humorista mais versátil e inteligente da televisão atual. Da TV também vieram Mariana Ximenes (da novela "Guerra dos Sexos") e Eduardo Sterblitch. Apesar de novato nas telas, este iniciante que veio do "Pânico na TV" tem a desinibição e falta de pudor que todo comediante precisa ter e quase rouba a cena de especialistas como Marcelo Adnet. Juntos, eles lembram outros parceiros  também originários da televisão: Dean Martin e Jerry Lewis ("A Farra dos Malandros" - 1954), quase com aquela mesma mistura de elegância e insanidade que marcava aquela dupla. 
A história, por sua vez, conta com o veterano Stepan Nercessian para garantir o clima de malandragem tipicamente carioca que ele trouxe dos filmes que fez com Xavier de Oliveira e Reginaldo Farias nos anos 70. A essência da história é quase dramática, porque trata de um golpista que se apaixona por uma mulher ainda mais pilantra do que ele e, portanto, se transforma em otário. Por sua vez, o interiorano que entra no filme como vítima vai se revelando    um malandro dos mais ousados.  

OS PENETRAS 

Brasil – 2012 – 96 min. - 14 anos

estreia 30 11 2012
gênero comedia 
Distribuição: Warner Bros.
Direção Andrucha Waddington
Com Marcelo Adnet, Mariana Ximenes e Eduardo Sterblicht,
Susana Vieira, Luiz Gustavo, Miele, Andra Beltrão
COTAÇÃO
* * *
BOM