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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Feliz 2012 aos leitores que seguem este blog!

Obrigado pela atenção!

Triste ironia: "Imortais" é a última estreia de 2011, a única e uma das piores.

Na última sexta feira do ano estreia um único filme, justamente um dos piores de 2011: "Imortais", com Mickey Rourke (foto acima), John Hurt e Frieda Pinto, de "Quem quer ser um milionário" (foto abaixo!?!). O diretor é Tarsem Singh, um indiano que estudou nos Estados Unidos, dedicou-se a fazer vídeos musicais e, em 2000, dirigiu "A Cela", um thriller de razoável sucesso comercial. Mas, "Imortais" é uma bobagem monumental inspirada na mitologia grega, com tantas idiotices, que justificaria uma retaliação qualquer daquele país contra os produtores. Apesar da pancadaria incessante, o filme é um sonífero infalível. Tomara que não seja um nefasto prenúncio para 2012.
IMORTAIS
War of God
estreia 30 12 2011
gênero aventura
EUA, 2011, 110 min, 16 anos
Distribuição Imagem
Direção Tarsem Singh
Elenco: Mickey Rourke, John Hurt, Henry Cavill e Freida Pinto
COTAÇÃO
*
R U I M

domingo, 25 de dezembro de 2011

70 filmes nacionais exibidos comercialmente em 2011: quais são os melhores?


Fiz uma seleção de melhores brasileiros, focando os 70 títulos nacionais de 2011: 40 de ficção e 30 documentários. Quase todos já tem comentários neste blog. É só acionar a ferramenta de pesquisa. Estão de fora alguns dos mais rentáveis, como "Cilada.com", "De Pernas pro ar", e "Bruna Surfistinha". E também alguns dos mais incensados pelos meus colegas, como "O Transeunte" e o documentário "Canções", que ainda não pude assistir. Fico feliz pelo fato de que, neste ano, o melhor em qualidade foi igualmente um dos campeões de renda, com mais de 1,4 milhões de ingressos.
1. O Palhaço (foto acima)
2. Amanhã nunca mais
3. Meu País
4. O Homem do Futuro
5. Eu Eu Eu José Lewgoy
6. O Céu sobre os Ombros
7. Os 3
8. Estamos Juntos (foto abaixo)
9. VIPs
10.Família Vende Tudo

Quais foram os melhores filmes estrangeiros exibidos no circuito comercial em 2011?


Fim de ano chegando, é temporada de balanço anual. Selecionei os 25 títulos estrangeiros de melhor qualidade. A lista está em ordem de importância e creio que a maioria deles já foi comentada aqui no blog. Tem para todas as preferências.
Bom Natal e excelente ano novo!
1. Melancolia
2. A Árvore da Vida (foto abaixo)
3. Em um Mundo Melhor
4. A Minha Versão do Amor
5. Meia-Noite em Paris
6. O Garoto da Bicicleta
7. A Pele que Habito
8. Um Sonho de Amor
9. Além da Vida
10. Um conto Chinês
11. Poesia
12. Estranhos Normais
13. Inverno da Alma
14. O Discurso do Rei
15. O Mágico
16. Tudo pelo Poder
17. Super 8
18. O Vencedor
19. O Planeta dos Macacos: A Origem
20. Rango
21. 127 Horas (foto acima)
22. Inquietos
23. Tudo pelo Poder
24. Bravura Indômita
25. Sem Limites

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Capitais do Nordeste e Rio de Janeiro prestigiam mais o cinema brasileiro do que São Paulo?


Pintou a seguinte discussão entre críticos pela internet. Pela percentagem do público para filmes brasileiros, concluiu-se que “capitais do Nordeste e do Rio de Janeiro prestigiam mais o cinema brasileiro do que São Paulo e os estados do Sul”. Vejam:

Cidade................................ Público para filmes brasileiros:
RECIFE................................19,50%
SALVADOR.........................19,00%
RIO.....................................17,30%
BH......................................15,60%
MANAUS...........................14,50%
BRASILIA............................13,50%
SÃO PAULO........................12,70%
CAMPINAS.........................11,50%
PORTO ALEGRE..................10,30%
CURITIBA..............................8,90%
Em função disso, ponderei que 20% da população de Recife significam 320 mil pessoas. Enquanto 12% da população de São Paulo representam 2 milhões e 400 mil pessoas. (quase 1 milhão a mais do que toda a população de Recife). No que o crítico Luiz Joaquim acrescentou que Recife tem 50 salas e São Paulo 300. De fato, tinha 260 em 2010 e é possível que agora possua algo perto disso. Em termos de público para o cinema brasileiro, portanto, aparece a seguinte distribuição:
50/320.000 = 6.400 (Recife)
e
300/2.400.000 = 8.000 (São Paulo)
Ou seja, nas salas paulistanas o público de cinema brasileiro é 20% maior. Afinal, além de imensa em matéria população, São Paulo também é enorme em termos de diversidade. Por exemplo, abriga o maior contingente de nordestinos fora do nordeste, assim como o de japoneses fora do Japão. E tem uma oferta extremamente mais ampla e variada de filmes e outras formas de lazer: 160 teatros, 184 casas noturnas, 80 shopping centers, 54 parques e áreas verdes, 39 centros culturais, 9 cineclubes e salas especiais de cinema...

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

“Missão Impossível – Protocolo Fantasma”: diversão agitada, com humor e tecnologia


Se fossemos levar a sério a idéia de gêneros cinematográficos, poderíamos dizer que o de “Missão Impossível – Protocolo Fantasma” não é a espionagem, mas a ficção científica. O seu principal assunto não é, na verdade, uma intriga internacional, mas a tecnologia. Tanto a que serve de tema, quanto a que se usa para produzir o filme. Personagens russos e americanos deixam claro que não são inimigos, ainda que um foguete do Kremlin esteja prestes a destruir a cidade de São Francisco. A essência da série Missão Impossível, o que faz o interesse dos agentes IMF, é o fato das técnicas por eles empregadas, até as mais mirabolantes, sempre se mostrarem quase plausíveis, ou logicamente viáveis.

Se, por exemplo, a caixa automática de um banco pode ler um cartão de crédito, é lícito imaginar o caminho inverso, ou seja, que um dia apareça um cartão capaz de decodificar todo o sistema computacional da instituição. Os limites do corpo humano na convivência com truques desse tipo também são alongados ao máximo. Como se os heróis da IMF fossem de carne e osso, mas ambicionassem funcionar como figuras de desenho animado. Outro exemplo: o agente interpretado por Tom Cruise precisa chegar ao topo do prédio mais alto do mundo, escalando-o pelo lado de fora, com o auxílio de luvas que possibilitam um poder de sucção equivalente ao do Homem Aranha. Mas, como toda máquina pode quebrar, o personagem tem a chance se mostrar acima dos super-heróis. O filme, aliás, é dirigido pelo talentoso Brad Bird (“Ratatouille”, 2007) que já brincou com essa dualidade em animações bem acima da média, como “Os Incríveis” (2004). Trata-se, enfim, de diversão certeira e bem cuidada, com sequencias de grande impacto visual e um humor bem dosado, a cargo de Simon Pegg, o competente comediante inglês de “Um Louco Apaixonado” (2008).
MISSÃO IMPOSSÍVEL – PROTOCOLO FANTASMA
Mission Impossible – Ghost Protocol
EUA, 2011, 132 min, 14 anos
estreia 16 12 2012
gênero aventura / ficção científica
Distribuição: Paramount
Direção: Brad Bird
Com Tom Cruise, Simon Pegg, Jeremy Renner, Paula Patton
COTAÇÃO
* * * *
ÓTIMO

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

"Noite de ano novo": uma boa diversão, com o charme noturno de Nova York

Ninguém espere uma obra prima com este "Noite de ano novo", dirigido pelo veterano Garry Marshall, que se tornou célebre com o romantismo pop de “Uma linda mulher”. Mas é possível esperar uma diversão leve e honesta, feita especialmente para acompanhar a chegada de 2012. Logo no início, numa narração em off, o diretor reconhece que isso de festejar a passagem do ano é apenas um ritual mágico coletivo que pretende atribuir um sentido quase místico e propiciatório ao fluxo contínuo do tempo: a introdução universal de um dado planejado num universo sempre imprevisível.

No roteiro, várias histórias se misturam para produzir uma salada de pequenos dramas e situações cômicas, quase todos de profundidade e voltagem medianas. Por exemplo, dois jovens casais se conhecem na sala de espera de uma maternidade e logo passam a competir pelo prêmio de 25 mil dólares oferecido pelo hospital aos pais do primeiro bebê que nascer ali em 2012. Há também casos mais tristes como o do personagem vivido por Robert de Niro que se encontra internado no mesmo hospital, só que sem qualquer esperança de emplacar o ano novo. Mesmo preso ao leito, este que pode ser considerado o mais novaiorquino dos atores de Hollywood, nos oferece a melhor atuação do filme que, de resto traz uma profusão de expressivos rostos femininos como os de Hillary Swank, Michelle Pfeiffer, Sarah Jessica Parker, Halle Berry e Jessica Biel. Como cereja no bolo servido depois desta salada, o filme oferece algumas boas surpresas em seu final. Devemos confessar que são todas imprevisíveis e de fato inesperadas, talvez para reforçar a idéia de que o ano novo sempre pode nos trazer boas novidades.

NOITE DE ANO NOVO
New Year´s Eve
EUA, 2011, 118 min, 10 anos
estreia 09 12 2011
gênero comédia
Distribuição Warner
Direção Garry Marshall
Com Robert De Niro, Hillary Swank, Michelle Pfeiffer
COTAÇÃO
* * *
B O M

O docudrama "O último dançarino de Mao" do veterano Bruce Beresford merece ser visto

"O último dançarino de Mao" é um exemplo feliz de docudrama. Essa palavra serve para designar filmes que, mesmo não pertencendo ao gênero documentário, contam uma história verdadeira. Nesse caso fica mais difícil dramatizar os fatos, ainda que isso seja necessário para que os espectadores se envolvam emocionalmente com o espetáculo. Essa dificuldade aumenta quando o tema possui natureza histórica e, por isso, muita gente já conhece a essência do seu desenrolar. Ou, quando o assunto principal é alguém ainda vivo, como nesta produção australiana em que o personagem central chega ao ponto de indicar o ator que deveria interpretá-lo.
Falamos de Li Cuxim, um afamado bailarino clássico nascido na China que ganhou uma bolsa para estudar nos EUA, em plena revolução cultural promovida por Mao Tse Tung e sua mulher – que, aliás, aparece no filme. Assim como seu ídolo, o russo Mikhail Barishnikov, ele decidiu romper com o regime, recusando-se a voltar para casa. Isso, por si só, é matéria-prima para uma base emocional que veio dar vida à narrativa elaborada pelo diretor – o competente Bruce Beresford, um dos primeiros cineastas australianos a conquistar notoriedade em Hollywood. Ela se inicia na infância miserável do artista, num tempo em que a ideologia revolucionária era mais importante do que o bem estar e a felicidade das pessoas. A saga termina junto com a Guerra Fria, quando Li Cuxim, além de ter se tornado celebridade internacional em seu ambiente artístico, ganha reconhecimento em sua própria terra natal. O papel do protagonista ficou para Chi Cao, justamente o filho de seu primeiro professor chinês de balé clássico. Como vemos, às vezes a vida real não cabe no ascetismo narrativo típico do docudrama e se transforma em puro melodrama.
O ÚLTIMO DANÇARINO DE MAO
Mao´s Last Dancer
estreia 09 12 2011
gênero drama / política / história
Austrália, 2011, 117 min, 14 anos
Distribuição Califórnia filmes
Direção Bruce Beresford
Com Chi Cao, Bruce Greenwood, Kyle MacLachlan
COTAÇÃO
* * *
B O M

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

"Vídeo nas Aldeias": livro-vídeo sobre a experiência de filmes realizados por indígenas.

Na próxima segunda feira será lançado um livro sobre o projeto "Vídeo nas Aldeias", que comemora 25 anos de idade. Os próprios indígenas aprenderam a usar o vídeo como forma de expressão e registraram 37 povos nativos do Brasil, em 127 aldeias e já tiveram seus filmes premiados aqui e no exterior. Como “Bicicletas de Nhanderú”, imersão no cotidiano dos Mbaya-Guarani (RS), poderá ser visto no lançamento, no Itaú Cultural, em sessão seguida por debate com realizadores indígenas. É incrível como a tecnologia pode favorecer a preservação da memória dessas culturas tão antigas. Muito mais do que o cinema, que dependia de um tempo para a revelação, a possibilidade dos cineastas índios verificarem instantaneamente o que foi registrado fez toda a diferença, no processo de aprendizado.

Um bom exemplo do poder dessa ferramenta cultural foi o fato dos Nhambiquara (MT) resolverem realizar para ser filmada a cerimônia de furação de nariz e lábios, uma prática abandonada há mais de 20 anos. Ao logo do projeto foram produzidas 7 mil horas de vídeo e a série de DVDs “Cineastas Indígenas”, com 20 filmes distribuídos para três mil escolas brasileiras. A experiência do "Vídeo nas Aldeias" corresponde a um modelo indigenista que busca relações interculturais, de aproximação e convivência com os índios, diferente das políticas paternalistas adotadas no tempo da ditadura. Outro resultado é a criação de uma imagem mais fidedigna da realidade contemporânea dos povos indígenas brasileiros – o que é vital para a ciência e para a cidadania.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Uma primeira reflexão para dar início ao balanço deste ano de 2011 que já vai terminando

A concentração de público acontece de maneira gritante no âmbito do cinema brasileiro. Alguns filmes apresentam uma receita até equivalente aos grandes lançamentos internacionais, enquanto outros contam nos dedos os seus espectadores. Seria bom se esse fenômeno pudesse ser explicado por razões mais veementes do que a óbvia diferença entre os recursos disponíveis para a promoção e propaganda. Ou seja, um êxito de bilheteria que aconteça fora dos domínios das distribuidoras internacionais que começaram a investir no cinema nacional, por força dos incentivos fiscais. A qualidade do filme e o fato de ser ou não voltado para o grande público também não se bastam como explicação. Vejamos o que aconteceu com lançamentos das últimas semanas. O primeiro lugar entre os 20 filmes mais recentes é de "O Palhaço", que conquistou quase 1.300.000 espectadores. Esse não é um filme popularesco. Ao contrário, não traz nenhum apelo erótico ou sensacionalista, sendo muito mais poético e nostálgico do que cômico. Mas tem o global Selton Mello como diretor e ator principal. Será que esse seria um fator preponderante? Não creio, porque lá no 5º lugar, com apenas 40 mil ingressos está “Meu País”, um drama sério mas super movimentado e sentimental estrelado por Rodrigo Santoro, Debora Falabella e Cauã Raymond. (olhe a diferença do 1º para o 5º: de 1 milhão e 400 para 40 mil). Em segundo lugar vem “O Homem do Futuro”, quase empatado, com 1.208.000 pessoas. Bem, o papel central é do Wagner Moura. Mas a 3ª bilheteria desaba para 110 mil: “Família vende Tudo”, com vários globais como Lima Duarte, Caco Ciocler, Marisa Orth e Luana Piovani. O mais complicado é ver um dos melhores filmes do ano, "Amanhã nunca mais", estrelado por Lázaro Ramos, e mais um excelente elenco, com somente 15 mil espectadore. Vá entender...

BILHETERIAS

O Palhaço........................................................1.265.556
O Homem do Futuro.....................................1.208.000
Família vende Tudo..........................................110.575
Uma Prof. Muito Maluquinha...........................59.244
Meu País..............................................................39.335
Rock Brasilia.......................................................32.836
Palavra Cantada (3D)........................................22.785
Os Filhos de João (Gilberto).............................19.360
Os 3....................................................................17.724
Amanhã Nunca Mais.........................................15.417
Além da Estrada.................................................14.519
Jardim das Folhas Sagradas.............................12.531
O Mineiro e o Queijo............................................5.312
Reidy, a Constr. da Utopia..................................2.014
O Ceu Sobre os Ombros......................................1.606
Dawson Ilha 10 (Chile-BR).................................1.083
Prova de Artista......................................................248
Simples Mortais......................................................136
Leite e Ferro.............................................................54
Eu Eu Eu Lewgoy.....................................................49