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sábado, 20 de dezembro de 2008

"Rebobine Por Favor", uma comédia que tem mais graça para quem gosta muito de cinema


Superestimado pela imprensa, o francês Michel Gondry apresenta o seu Rebobine Por Favor (estreia 12/12/2008), uma comédia de baixa voltagem humorística, ainda que cheia de afeto pelo cinema em que a imaginação supera os orçamentos. O personagem do especialista em caricatura Jack Black (na foto, como Robocop) trabalha num ferro-velho e sofre com intermináveis dores de cabeça. Ele atribui o problema a uma rede de transmissão elétrica que passa por perto. Tentando sabotar as instalações, recebe uma descarga tão forte que seu corpo fica magnetizado. Depois, ao entrar na locadora de filmes em VHS de um amigo (Mos Def), ele desmagnetiza todos os filmes disponíveis. A solução encontrada é “refazer”, com uma velha câmara VHS, as principais cenas e diálogos de filmes como O Rei Leão, Os Caça Fantasmas, Quando Éramos Reis, De Volta para o Futuro, Conduzindo Miss Daisy e Robocop. O curioso é que essa tecnologia, hoje superada, era infinitamente superior aos recursos de que dispunham os pioneiros do cinema, como Méliès e Griffith. Ao montar essas “réplicas”, a dupla acaba homenageando todos aqueles que criam imagens não “apesar”, mas “a partir” das limitações conceituais, tecnológicas e orçamentárias. Por um motivo inicialmente obscuro, o grande ícone invocado para representar todo esse esforço de recriação por meio da paródia é o compositor e pianista Fats Waller (“Ain't Misbehavin”) que morreu em 1943. Na última, e melhor seqüência do filme, isso se esclarece, com a montagem de um cena que tem tudo a ver com os números musicais típicos de Fats Waller, nos quais ele associava improvisação e um simpático tom de amadorismo a uma execução jazzística de alta categoria. Veja como exemplo “Your feet's too big”:
http://www.youtube.com/watch?v=in1eK3x1PBI

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