Crepúsculo (estréia 12/12/2008) está para os filmes de vampiros, assim como Highschool Musical está para os musicais da Metro. Se Fred Astaire e Ginger Rogers foram trocados por Zac Efron e Vanessa Hudgens, agora, no lugar de Christopher Lee, aparece Robert Pattison, que teve um papel em Harry Potter e a Ordem da Fenix. Foi o escolhido entre 5 mil candidatos. Sua partner é Kristen Stewart que, aos 18 anos, já tinha trabalhado em mais de 20 filmes, mas nunca como protagonista. Já foram filmadas histórias vampirescas para uma parte mais jovem do público, como Garotos Perdidos (1987), de Joel Schumacher. Duas décadas depois, entretanto, os adolescentes se transformaram, obrigando esse (sub)gênero a se dirigir para um espectador que já pode dormir fora de casa (ou em casa mesmo, com o namorado); raramente mora com o pai e a mãe (de quem ouve o conselho para usar preservativo); vai para escola guiando o próprio carro e não fuma (porque não quer, não porque não deixam). Esta produção dirigida por Catherine Hardwicke (Os Reis de Dogtown - 2005) se mostra especialmente requintada, porque é a adaptação de um best-seller recente de Stephenie Meyer, escritora jovem e iniciante que se assustou com o tamanho do próprio sucesso. Os efeitos especiais e a fotografia chegam a se destacar em relação à média das realizaçõs atuais. O roteiro, por sua vez, é esperto o suficiente para manter as linhas gerais das narrativas que descendem de "Drácula", escrito por Bram Stocker (Irlanda 1847-1912) e, mesmo assim, introduzindo novidades, como uma nova (e poética) explicação para o fato dos vampiros evitarem a luz do sol.
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