Agora já começam as pré-estréias de Um Homem Bom, um dos mais atraentes lançamentos para o dia de natal. Uma surpresa é o nome de Vicente Amorim, filho do ministro Celso Amorim, na direção desta ambiciosa produção internacional estrelada por Viggo Mortensen e Jason Isaacs. (na foto) Desde 1987, Amorim vinha fazendo assistência de direção em filmes como Luar sobre Parador de Paul Mazursky e Brincando nos campos do Senhor, de Hector Babenco. Seu primeiro longa de ficção foi O Caminho das Nuvens, de 2003, com Wagner Moura. Drama histórico de intenção crítica, o tema deste Um Homem Bom é a participação de cidadãos que, apesar de não terem ligação ideológica e nem simpatia pelo nazismo, acabaram colaborando com o regime de Hitler e com todos os seus horrores. Com uma expressão sofrida e quase angelical, o americano de origem dinamarquesa Viggo Mortensen faz o papel de um professor de literatura que, para não perder o emprego, entra para a SS. O único romance escrito pelo era interpretado quase como uma justificação da eutanásia e, por isso, foi considerado uma das bases teóricas do holocausto. Essa história tem parentesco com tantas outras, como Lacombe Lucien, que Louis Malle fez em 73. Mas, mesmo sem a profundidade de O Ovo da Serpente (1979) de Ingmar Bergman , Um Homem Bom é impecável em termos de produção e acabamento. E Amorim apresenta uma impressionante fluência em seu modo de narrar, sem medo de recorrer ao flash back, e contando uma história de época com a agilidade de uma aventura contemporânea.
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