Encontre o que precisa buscando por aqui. Por exemplo: digite o título do filme que quer pesquisar

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Madagascar 2, um pouco mais complexa e inteligente que a versão anterior

Alguma coisa acontece com os desenhos animados que, diferentemente do que se verifica nos filmes com atores, muitas das continuações resultam melhores que o primeiro exemplar da série. Foi assim, por exemplo, com a Era do Gêlo. Talvez seja porque, numa segunda tentativa, se aproveite a possibilidade de ampliar os acertos e corrigir os erros. Madagascar 2, (estréia 12/12/2008) se inicia antes do início do primeiro episódio, mostrando a infância do leão Alex numa reserva selvagem africana, antes dele ser levado para o zoológico de Nova York. Em seguida passa para uma seqüência após o fim daquele filme, mostrando os novaiorquinos se perguntando onde estaria o leão e seus amigos: uma zebra, uma girafa e um hipopótamo. A saga começa com esse time, e mais uma quadrilha de pinguins malucos, se preparando para voar de volta para os Estados Unidos num avião que eles reconstruiram. Como vemos, o non sense continua funcionando como motor da série, agora até mais exagerado porque os personagens já são conhecidos pelo público. Como era de se esperar, o avião desaba em plena África, justamente numa reserva animal, repleta de leões, zebras, girafas e hipopótamos. Ou seja, a graça desta vez é o confronto dos personagens com seus parentes e com um bando de turistas novaiorquinos que se perderam no local. É a oportunidade para o diretor Eric Darnell, que também fez o Madagascar original, brincar à vontade com a cultura daquela metrópole. Inclusive recorrendo à canção "New York, New York", com o grupo de turistas perdidos cantando "se nós triunfamos lá, triunfaremos em qualquer lugar". A líder dessa turma é justamente a velhinha que bate em Alex no primeiro filme e que, agora, se mostra ainda mais peculiar. Novamente são celebradas a tolerância e a diversidade social. O estilo visual do desenho é mantido, mas os diálogos se mostram um pouco mais sofisticados, em alguns momentos, lembrando a metralhadora verbal dos Irmãos Marx. Afinal, a garotada e seus pais, que aprovaram o filme em 2005, se encontram agora um pouco mais maduros.
Para ativar a memória, publicamos o comentário sobre
o primeiro Madagascar, que foi lançado em junho de 2005.

Imagine os animais do zoológico do Central Park em Nova York. Eles certamente devem ser os bichos mais urbanos do planeta. E também os mais neuróticos, até porque nasceram lá mesmo, no centro da cidade. Na tradição americana do desenho animado, que foi cristalizada por Walt Disney, os animais são humanizados, no sentido de que agem como gente. O Mickey, o Pernalonga e o Pato Donald, por exemplo, falam, andam vestidos... Enfim vivem em sociedade, como os próprios seres humanos. A idéia central de Madagascar é fazer piada com isso, colocando em ação animais propriamente ditos e que se comportam como tal. Vivem em jaulas, não falam com as pessoas, mas podem se comunicar entre si. Um belo dia, o leão, a zebra, a girafa e o hipopótamo – por uma série de circunstâncias – são levados para a África. Mas em vez de um contato direto com seus parentes selvagens, o roteiro resolve colocá-los numa praia de Madacascar, onde só existem lêmures e pequenos felinos. E assim, encontram-se de novo num pequeno mundo fechado, assim como o do zoológico – local que serve de palco para uma série de piadas infalíveis. Destaque para a trilha sonora que faz um uso caricatural de canções já conhecidas.

Nenhum comentário: