A pretensão se acentua ao transferir o cenário de um estúdio de TV para o ambiente virtual de um vídeo game, ou seja, um jogo de computador, em que os lutadores são pessoas e carne e osso, só que manipuladas pelos outras que manejam os controles. Essa trama, porém, é complicada demais para as cabecinhas doentias da dupla de realizadores Neveldine e Taylor, que viraram meras caricaturas deles mesmos. Esses são aqueles espertinhos que, em 2006, nos ofereceram “Adrenalina”, um corajoso filme marginal, quase “underground”, estrelado pelo cão raivoso inglês Jason Statham, que por coincidência no ano passado trabalhou numa refilmagem de “O Sobrevivente”, chamado “Corrida Mortal”. Resumindo, o filme é derrotado pelas próprias regras do jogo que seus realizadores tentaram inventar: Neveldine e Taylor arrasam com Taylor e Neveldine.
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Nos anos 50, havia Victor Mature. Agora em "Gamer", quem luta é Gerard Butler
O título brasileiro do filme é “Gamer”, que quer dizer “jogador”. Mas o título original é “Citizen Game”, ou seja, uma pretensiosa referência a “Citizen Kane”, a célebre obra de Orson Welles. Aliás, o filme é inteiramente pretensioso, uma interminável carnificina que pretende alcançar um nível equivalente ao já clássico “Matrix”. O tema é o mesmo de “Golpe Baixo”, que Robert Aldrich fez com Burt Reynolds em 1974. O roteiro é mais parecido ainda com “O Sobrevivente” de 1987, baseado numa história de Stephen King, com Arnold Schwarzenegger fazendo o papel de um presidiário obrigado a participar de um jogo mortal: um game show de televisão. Desta vez o prisioneiro é vivido pelo brutamontes Gerard Butler, essa espécie de Victor Mature do nosso tempo que ficou famoso como o Leônidas de “300”.
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2 comentários:
Luciano.
Suas críticas sempre revelam a enorme cultara cinematográfica que você tem. Gostaria, de um dia, chegar a um mínima porcentagem disso. Vi o trailler e depois de ler seu comentário não irei assistí-lo, jamais. Até breve.
Regina Horemans
Luciano.
Suas críticas sempre revelam a enorme cultura (não cultara como digitei) cinematográfica que vc tem. E ótima memória também. Gostaria de, uma dia, poder conhecer um mínimo do que vc nos transmite. Parabéns. Vi o trailler e não gostei. Não irei assisti-lo, jamais. Até breve.
Regina Horemans
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