No papel de uma viúva rica que se casa com um jovem aristocrata de família ultra esnobe, Jessica Biel (“O Ilusionista”) representa a nova mulher do século 20 que veio para desafiar a hipocrisia das elites. Esta versão cinematográfica homenageia os artistas da canção e da palavra − como Cole Porter, Scott Fitzgerald e o próprio Coward − daquela primeira onda de contra-cultura no período entre as guerras. A direção se mostra atenta a detalhes insuspeitados, como um rato que aparece na biblioteca da matriarca vivida por Kristin Thomas.
A inversão de expectativas na seqüencia da caçada. Ou um latido de cachorro comentando a evolução da cena − assim como as melodias de Porter, às vezes executadas como num piano de cinema mudo. Além do requinte nos figurinos, destaca-se a atuação de Colin Firth e a sofisticação do diálogo: uma verdadeira luta de punhais afiados pelo humor e a ironia de Noel Coward.
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