Eles gravitam em torno de um rapaz (Romain Duris) que (em pleno outono e ao som da “Gnossienne #1, de Erik Satie) descobre precisar de um transplante de coração para tentar permanecer vivo. As folhas mortas e o céu cinzento quase roubam o encanto das paisagens parisienses que ele observa da janela. Logo em seguida, o fio da história é puxado por figuras que, sem aviso, vão entrando em cena: a irmã (Juliette Binoche); o vendedor de frutas do bairro; a linda vizinha do prédio em frente; o professor de história que se apaixona por ela; seu irmão arquiteto e assim por diante.
Ao expor cada uma dessas pessoas em plena agitação existencial, o filme vai se aquecendo e pulsando de vitalidade, como já não acontecia com o coração do personagem que dera início à história. Klapisch salta de uma breve situação dramática para outra, com momentos de gênio, como o pesadelo do arquiteto que se vê dentro da maquete digital que ele mesmo criara. Aliás, a construção deste “Paris” remete a uma observação de Eisenstein em 1929. Ele comparava o teatro japonês a um jogo de futebol em que “voz, música, mímica e painéis coloridos são como os jogadores passando um para o outro a bola dramática e dirigindo-se para o gol, que é o atônito espectador”.
estreia 03/07/2009
Distribuição Pandora
Gênero: drama
Direção de Cédric Klapisch
Com Juliette Binoche, Romain Duris e François Cluzet
Distribuição Pandora
Gênero: drama
Direção de Cédric Klapisch
Com Juliette Binoche, Romain Duris e François Cluzet
2 comentários:
Seus comentários são ótimos: precisos e ao mesmo tempo informativos, sem excessos de informações. Parabéns.
Regina Horemans.
adorei seu blogger...amo cinema...
está nos meus favoritos
PARABÉNS! Boas críticas
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