A excelência ou a pobreza de um plano não explicam o sucesso nem o fracasso de uma batalha. Isso é o que neste filme mostra o diretor Bryan Singer, atualmente marcado por filmes sobre heróis de quadrinhos, como X Men (2000) e Super Man – O Retorno (2006). Desta vez ele fala de um herói de verdade, ou melhor, de um grupo de militares alemães que, de fato, tentaram executar Hitler, no final da Segunda Guerra. Foram todos fuzilados porque, como se sabe, o atentado fracassou, ainda que tivesse sido matematicamente planejado. Essa é a prova da competência dos realizadores: mesmo conhecendo o final do filme, é muito difícil que a platéia se distraia um só minuto. O diretor Bryan Singer (Nova York, 1965) não filma um único plano sem necessidade e, assim, somos levados a entender a mecânica da história, na qual múltiplas decisões são sempre tomadas ao mesmo tempo.
A bomba que explodiu perto do ditador não o matou, mas, mesmo assim, a operação teria derrubado o regime nazista − não fosse a atuação de personagens anônimos que permaneceram fiéis a ele, como os operadores do telégrafo que noticiaram o malogro da tentativa de eliminar Hitler. Esse episódio já foi tema de filme mais de quinze vezes, sendo a mais famosa A Raposa do Deserto (1951), de Henry Hathaway. O líder da conspiração foi o coronel Klaus Von Stauffenberg, interpretado com dignidade e comedimento por Tom Cruise. Se tudo tivesse dado certo, o novo presidente da Alemanha seria o General Beck, encarnado por Terence Stamp. O resto do elenco é de primeira, com destaque para Tom Wilkinson, Bill Nighy e Carice van Houten.
V a l k y r i e
(2008 – EUA / Alemanha)
Direção de Bryan Singer
Com Tom Cruise, Tom Wilkinson, Terence Stamp,
Kenneth Brannagh, Bill Nighy e Carice van Houten
estréia 13 de fevereiro de 2009
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