quinta-feira, 31 de março de 2011
Pelo menos um cinema em cada cidade! E muitos animadores como Carlos Saldanha!
Além de apoiar a produção de filmes, o estado brasileiro também tem o dever de estimular as outras duas pontas da atividade cinematográfica, ou seja, a exibição e o ensino de cinema. Em novembro de 2009, o Governo Federal anunciou a meta de inaugurar 600 salas de cinema em quatro anos. As medidas para expansão do parque exibidor do país, no entanto, não conseguem decolar. O projeto "Cinema da Cidade", voltado para municípios com população entre 20 mil e cem mil habitantes, ainda não teve orçamento aprovado no Congresso para a construção de uma única sala. Já o "Cinema Perto de Você", para cidades com mais de cem mil habitantes, deu origem somente a um espaço, com seis salas, na Zona Oeste do Rio. Além disso, a Medida Provisória de desoneração fiscal para o setor, que era um dos esteios do programa "Cinema Perto de Você", não foi votada a tempo pelo Legislativo e expirou. Isto é, das 600 salas sonhadas, só se construiu seis. Para a outra ponta, a do ensino (leia-se formação de mão-de-obra), o MinC reconhece que o Brasil tem uma grande demanda na área da animação, porém faltam cursos para preparar futuros profissionais. Essa demanda deverá aumentar a partir da semana que vem com o lançamento de "Rio" em mil salas de cinema no país, exibindo o triunfo de Carlos Saldanha, um animador carioca que arrasou em Hollywood. Em função disso, planeja criar uma escola de formação em animação no primeiro semestre de 2012. O investimento inicial e o espaço onde funcionaria a escola será por conta do governo. Mas depois ela será mantida por empresários do setor. Esse local será a Cinemateca Brasileira (foto acima), ali na Vila Leopoldina. Vamos aguardar...
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2 comentários:
Embora eu não seja do ramo, e provavelmente não tenha formação suficiente para opinar com fundamento, eu penso, como cidadão e contribuinte, que sou contrário ao Estado produzir, financiar ou subvencionar produções cinematográficas. Acho que artistas devem viver somente da venda de seus produtos e serviços. Se um médico ou um advogado, por exemplo, não possuem clientes na proporção em que eles almejam não vão atrás do governo esperar subsídios em nome da saúde ou da advocacia nacional. Já quanto às salas de cinema, aí sim, me parecem tão necessárias quanto construir escolas e hospitais públicos. O cinema nacional, no entanto, deveria sobreviver somente da própria competência em cativar o público pagante, em morder uma fatia do mercado. Os lamentáveis tempos da Embrafilme produziram um cinema um tanto medíocre.
Caro Luciano, gostei muito do texto acima, embora tenha que dizer que alguns cinemas foram construidos no norte do País com recursos obtidos através do programa Cinema da Cidade, porém uma coisa ainda não foi explicada, que trata da questão dos custos que foram solicitados, que não seriam suficientes para a conclusão da obra!!! Agora, no meu caso, com relação ao Cine São Paulo, o que esta impedindo no momento é a não participação do Prefeito Municipal no projeto, pois mesmo não havendo no municipio a quantidade minima de habitantes solicitados pelo programa, fui informado, através da Ancine, que a cidade de Santa Adélia poderia participar do edital a ser lançado ainda este ano, ou através das emendas parlamentares! Uma pena essa indiferença por parte do prefeito.
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