Escrito pelo próprio diretor Sean McGinly, esse roteiro tem jeito de ser autobiográfico, e o mérito de exercitar um olhar crítico em relação ao show business americano, no qual o inegável profissionalismo nem sempre corresponde ao talento dos artistas. O alvo aqui são as celebridades de segundo escalão, como o mágico cuja página mais rica do currículo é ter aparecido 60 vezes no programa de Johnny Carson. O mais engraçado dessa comédia, porém, aparece como um inesperado coelho na cartola. Nesta produção feita para promover o jovem Hanks, que já trabalhou em mais de 25 filmes e ninguém notou, quem brilha de verdade, até por contraste, é o veterano Malkovich.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Tom Hanks fez "A Mente que Mente" para o filho, mas John Malcovich roubou.
John Malkovich está em excelente forma no papel de um mágico de palco em A Mente que Mente. Ele cria um personagem verdadeiramente cinematográfico, que foge aos estereótipos e transmite credibilidade. Mas a história mostra interesse reduzido e serve apenas de veículo para o novo astro Colin Hanks − por coincidência filho de Tom Hanks, que produz o filme e até faz um papel: justamente o do pai do protagonista. Colin (na foto abaixo, com Emily Blunt e Malcovich) interpreta um estudante de direito que larga a faculdade para se tornar escritor e, enquanto não consegue, trabalha como assessor do ilusionista. É um drama cômico bem ao gosto de Hollywood, em que um profissional em ascensão se cruza com outro em decadência e ambos desempenham algumas rotinas de gato e rato, um pouco na linha de “O Diabo veste Prada”.
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