O país saía da condição de sociedade estamental e se encaminhava para se reinventar como nação democrática. E Mandela teve a visão de fazer do esporte um ponto de convergência entre negros e brancos, que passavam a ser concidadãos. E conseguiu isso sem decretos nem dotações orçamentárias, apenas com aquilo que se costuma chamar de vontade política. E com a ajuda de um poema do inglês William Ernest Henley (1849 - 1902) que dizia em seu desfecho "I am the master of my fate: I am the captain of my soul." ("Sou o mestre do meu destino, o capitão da minha alma"). Na imagem abaixo, o verdadeiro Mandela, cumprimentando o jogador François Pienaar, interpretado no filme por Matt Damon.
A iniciativa do projeto é do próprio Morgan Freeman, na qualidade de seu produtor executivo. Ainda na sinopse, ele comprou os direitos do livro em que o jornalista John Carlin conta essa história ("Playing the Enemy: Nelson Mandela and the Game that Made a Nation"). Por sua vez, na direção deste docudrama acima de tudo educativo, Clint Eastwood se aproxima da grandeza de Roberto Rosselini. Cineasta maduro e consagrado que, depois 35 de filmes de sucesso, foi para RAI fazer “A Tomada do Poder por Luis XIV”, o primeiro de uma série de 15 filmes destinados a ensinar história. O mesmo modo espartano de registrar os acontecimentos, evitando o sentimentalismo fácil e, justamente por isso despertando emoção. “Invictus” nos leva a perceber que, apesar de tudo, a grandeza das nações depende da ação política.
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