Poderia ser uma espécie de versão musical de “O Lutador”, com Mickey Rourke, que também concorria ao Oscar no ano passado, nessa mesma linha de um artista fracassado que tenta se redimir e busca uma segunda chance − o que constitui aliás, uma especialidade típica do cinema americano. Mas aqui a produção é bem mais caprichada, não só pelo virtuosismo do intérprete, mas pela composição de belas canções feitas especialmente para o próprio Bridges interpretar – uma delas é "The Weary Kind” que também arrebatou o Oscar. Pena que os nossos compositores "sertanejos" não se guiem por esse padrão musical, que não exclui o bom gosto ao pensar um universo interiorano e rural.
No elenco de apoio, “Coração Louco” coloca atores de alto gabarito, como Robert Duvall, Maggie Gyllenhaal e Colin Farrel, um irlandês fazendo papel de caipira americano. O roteiro investe, como se costuma, na figura de uma mulher para arrancar o cantor do fundo do abismo em que se encontra. Só que além do encontro amoroso, o herói repara melhor nos artistas com quem trabalha e observa um traço de solidariedade além da competição. É daí que se origina a força para a superação do personagem e, também, a originalidade do filme. Para o diretor Scott Cooper, aqui em seu primeiro filme, este é o sinal aberto para largar a timidez e tocar pra frente.
CORAÇÃO LOUCO
Crazy Heart
EUA - 2009 – 112 min. – 14 anos
Gênero Drama / musical
Distribuição Fox Films
Direção Scott Cooper
Com Jeff Bridges, Maggie Gyllenhaal e Robert Duvall
COTAÇÃO
* * *
B O M
Crazy Heart
EUA - 2009 – 112 min. – 14 anos
Gênero Drama / musical
Distribuição Fox Films
Direção Scott Cooper
Com Jeff Bridges, Maggie Gyllenhaal e Robert Duvall
COTAÇÃO
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B O M
Um comentário:
Eu gostei muito. Assisti meio receoso por não ser fã de country, mas o Jeff Bridges (nenhuma novidade) mais uma vez me ganhou pela interpretação...Aliás, ele é mestre em salvar filmes que aparentam ser fracos (caso de Seabiscuit e Os homens que encaravam cabras).
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