A adaptação cinematográfica de "O Bem Amado", com Marco Nanini no papel que era do Paulo Gracindo só vale para quem não viu a versão clássica da TV. Mesmo com direção de Guel Arraes e elenco competente, o filme decepciona e se arrasta perdendo graça a cada minuto. Nem parece que foi feito pela mesma turma de “Lisbela e o Prisioneiro” (2003). Noventa e cinco por cento das vezes, Marco Nanini acerta no que faz. Mas, infelizmente, estamos diante daqueles 5% em que o astro prova que é gente como a gente e erra na dose. Desde a primeira cena até o encerramento, ele interpreta Odorico Paraguaçu dois ou três tons acima do que seria aceitável.
Ou seja, o prefeito de Sucupira grita demais e o tempo todo. Quem quiser pode comparar com fala saborosa e musical de Paulo Gracindo, que ainda pode ser ouvida na rádio CBN, toda sexta feira às 9:30 da manhã no programa do Heródoto Barbeiro. Quase todos os intérpretes também exorbitam. Exceção seja feita às atuações de José Wilker como Zeca Diabo e a de Matheus Nachtergale como Dirceu Borboleta, que se acham à altura da versão original. Ao contrário de Nanini e Tonico Pereira, eles sabem que não estão num palco de teatro, mas numa imensa tela de cinema. A tentativa de situar historicamente a gestão de Odorico entre a renúncia de Jânio e o golpe de 64 é razoável, mas não salva o filme
Ou seja, o prefeito de Sucupira grita demais e o tempo todo. Quem quiser pode comparar com fala saborosa e musical de Paulo Gracindo, que ainda pode ser ouvida na rádio CBN, toda sexta feira às 9:30 da manhã no programa do Heródoto Barbeiro. Quase todos os intérpretes também exorbitam. Exceção seja feita às atuações de José Wilker como Zeca Diabo e a de Matheus Nachtergale como Dirceu Borboleta, que se acham à altura da versão original. Ao contrário de Nanini e Tonico Pereira, eles sabem que não estão num palco de teatro, mas numa imensa tela de cinema. A tentativa de situar historicamente a gestão de Odorico entre a renúncia de Jânio e o golpe de 64 é razoável, mas não salva o filme
O Bem Amado
estreia 23 07 2010
Brasil - 2010 – 110 min. - 12 anos
Gênero Comédia / farsa / política
Distribuição Columbia
Direção Guel Arraes
Com Marco Nanini, Maria Flor, Caio Blat, José Wilker
COTAÇÃO
* *
REGULAR
3 comentários:
Eu IA ver esse filme... Tri seria ter um filme de Rainha da Sucata, apesar de eu ter medo do que poderia sair disso.
Eu semprei achei o humor de O Bem Amado uma coisa tão datada (tão forte pra época, mas não tanto hoje) que acabei me desinteressando desse projeto da Globo Filmes que mais parece uma artimanha oportunista da emissora.
Cultura na veia:
http://culturaexmachina.blogspot.com
Já tava desconfiado do exagero do personagem. Percebe-se pelo trailer.
Mas tem que ser Tomé. Vê pra descrer.
Belo blog
abçs
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