Mas antes disso, desce do seu pedestal de classe dominante entra em contato direto como mundo dos marginais e excluídos da cidade, ao qual o rapaz pertencia. Para conseguir treiná-lo nessa modalidade tão agressiva de esporte, ele se lembrou do Touro Ferdinando, uma figura de desenho animado, cujo instinto de proteção superava a sua esperada tendência para a brutalidade animal. Com vemos, é um roteiro praticamente infantil, que procura salientar a importância da estabilidade familiar e mostrar que entre os caipiras abastados do sul, também se manifestam gestos de a solidariedade humana apesar das diferenças raciais.
A personagem é verdadeira, mas acaba se encaixando com o tipo ideal que o sistema espera de uma cidadã da elite americana, neste momento que já é tratado como o início da era Obama. Ou seja, não há mais lugar para a segregação racial, mas ainda sobra espaço para o velho populismo, tão bem explorado nos anos 1930 pelos filmes de Frank Capra. Há inclusive brincadeiras com a administração Bush e o preconceito sulista contra os partidários democratas. A socialite heroína, de resto se comporta como uma figura bíblica, sem contradições internas e inabalável em seus propósitos humanitários. Até quando é acusada pelo próprio enteado de tê-lo ajudado apenas por interesses ligados à política esportiva de seu estado. Vemos, então, que o único drama do filme vem de um falso conflito. Aliás, o maior interesse do filme é justamente esse: mostrar como funciona o esporte competitivo ligado às universidades nos EUA.
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