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sábado, 20 de março de 2010

Fatih Akim, do cult "Contra a Parede", decepciona em “Soul Kitchen”

Para quem admirava Fatik Akin, o cineasta alemão de origem turca que, em 2005 revelou o seu talento com o visceral e orgiástico “Contra a Parede”, este “Soul Kitchen” decepciona um pouco. O foco ainda continua no mundo ambíguo dos descendentes de imigrantes e suas dificuldades de integração à sociedade alemã. Só que o tom passa ser de comédia e a narrativa se mostra até mais bem comportada que o seu filme anterior − “Do Outro lado”, que beirava o trágico e o patético, por meio de personagens à margem do sistema social. Os atores se esforçam e a direção tenta impedir que a encenação perca o ritmo.
Mas o roteiro apresenta pouca possibilidade de voar acima de uma história quase banal. Ela tem como centro um tipo simpático, mas totalmente perdido, entre um irmão viciado em jogo, uma namorada fria que se muda para Shangai e logo arruma outro amante, e um velho amigo sem nenhum caráter que simplesmente decide tomar-lhe o imóvel em que ele instalara um humilde restaurante popular. Além de ser um imigrante grego, que não possui seguro de saúde e nem parentes ricos, ele se caracteriza por uma total falta de sorte e passa o filme mancando por causa de um ferimento na coluna provocado por um acidente. Como num recente filme brasileiro, porém, a trama nos diz que mesmo o infortúnio pode trazer o seu oposto dentro de si, principalmente para quem jamais desiste.
SOUL KITCHEN
Soul Kitchen
estreia 19 03 2010
Alemanha – 2009 – 95 min. – 14 anos
Gênero Comédia
Distribuição Imovision
Direção Fatik Akin
Com Adam Bousdoukos, Maritz Bleibtreu e Anna Bed

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