Os opostos se atraem − como atestam os físicos. “Vive la diference”, como dizem os franceses. E as aparências enganam... como todo o mundo sabe. O filme “A verdade nua e crua” não é documentário, nem filme pornô, embora os diálogos tenham até mais palavrão e piadas sexuais. Impressionante como o cinema americano se transformou nesse aspecto, desde o tempo da auto-regulamentação, que vigorou de meados dos anos 30 até o fim da década de 1970. Trata-se de uma comédia que leva o adjetivo de “romântica”, só porque o tema é um caso de amor. Entre um rapaz e uma moça que, aparentemente, nada têm a ver um com o outro. Ela uma elegante executiva de televisão e ele um cafajeste profissional. Ela, uma sonhadora que vive em busca de um par perfeito, e ele um realista totalmente convicto dos valores machistas. Ele é interpretado por Gerard Butler, o guerreiro espartano de “300” e ela é a princesinha Katherine Heigl de “Ligeiramente Grávidos”. Na primeira parte, o humor rasteiro de Robert Luketic, que dirigiu “Legalmente Loira”, chega a incomodar. Mas aos poucos o roteiro até apresenta algumas sutilezas e vai ficando engraçado. “A verdade nua e crua” não é indispensável, mas tem a sua graça. Não por Gerard Butler, que sempre entorta a boca quando fala um pouco mais depressa. Mas por Katherine Heigl, que já tinha mostrado ser uma boa atriz, agora prova que é uma excelente comediante.
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