Nesta semana estréia o drama “Goodbye Solo”, de Ramin Bahrani. Apesar do nome iraniano, esse cineasta foi considerado pelo crítico Roger Ebert como “o novo grande diretor americano”. Com apenas 32 anos, e uma carreira de 3 filmes, ele é uma figura recorrente em festivais como Cannes e Sundance. Em Veneza 2008, “Goodbye Solo” foi premiado melhor filme pelos críticos. Sem procurar inovações de linguagem, Ramin Bahrani investe na expressividade do roteiro, que ele mesmo escreve. Trata-se de um filme construído a partir de personagens diferentes de tudo o que se costuma ver em Hollywood: um drama que atinge dimensões humanas de uma profundidade inesperada, para quem vê no cinema apenas um mecanismo de evasão. Na Carolina do Norte, um imigrante senegalês conduz um passageiro para o pico de uma montanha e, no caminho, percebe que seu cliente pretende se suicidar. E aí, sem a menor cerimônia interfere na vida do desconhecido, tentando fazê-lo mudar de idéia. O cineasta é, de fato, filho de iranianos e um jornalista lhe perguntou se “Goodbye Solo”era inspirado no cinema do Irã que, recentemente, adquiriu certa visibilidade no ocidente. Mas ele respondeu que a sua principal referência era um filme que Roberto Rosselini fez em 1950, com roteiro de Federico Fellini: “Francisco, o arauto de Deus”. Nele, Bahrani viu personagens que radicalizavam o princípio cristão de “amar ao próximo como a ti mesmo” e conseguiam amar o outro mais do que a si mesmos.
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Um comentário:
Gostei do filme, que fala de uma bela relação de amizade entre dois homens totalmente diferentes, o taxista otimista e o velho depressivo e suicida. Belíssima tentativa de amizade incondicional do taxista que tenta evitar o desfecho já aguardado. Drama sensível com um trabalho notável dos dois protagonistas. Enfatizo também a bela fotografia do filme.
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