Encontre o que precisa buscando por aqui. Por exemplo: digite o título do filme que quer pesquisar

segunda-feira, 9 de março de 2009

Watchmen – O Filme não atraiu Alan Moore o criador da história que não viu e não gostou

Os observadores são unânimes em considerar deslumbrante o componente visual e condenar o roteiro do filme. Em duas horas e quarenta minutos, o diretor Zack Snyder (300 e Madrugada dos Mortos) e seu roteirista David Hayter (X Men 2 e O Escorpião Rei ) não conseguiram atribuir unidade dramática à complexa saga imaginada por Alan Moore. Este, aliás, declara que “não viu, não irá ver e não gostou do filme”. Para ele, “mais uma vez somos tratados como passarinhos recém saídos do ovo, olhando para cima, de boca aberta, esperando que Hollywood continue nos alimentando com minhocas regurgitadas”. A comparação do blockbuster com uma minhoca regurgitada pode parecer demasiadamente forte. Mas vem do próprio criador daquele grupo de vigilantes mascarados, com quais tentou destruir aquele gênero de quadrinhos, por meio da mais contundente paródia que o atingiu desde a invenção do primeiro super-herói.

Ainda que hercúlea, a batalha pela adaptação foi perdida por David Hayter, que não tinha preparo literário e dramatúrgico para evitar os desacertos − como, por exemplo, interromper o fluxo da história para descrever a origem de determinando personagem. Tudo acontece num universo paralelo e muito semelhante ao nosso, em que os americanos venceram a Guerra do Vietnam, os soviéticos estão prestes a deflagrar uma guerra nuclear e, em 1985, Richard Nixon já tinha sido reeleito cinco vezes consecutivas.

Na imagem acima, o diretor Zach Snyder orienta o ator Robert Wisden, de nariz postiço. Abaixo, o verdadeiro Richard Nixon cumprimenta Mao Tse Tung em 1972.

A caracterização amadoristicamente caricatural do ex-presidente, aliás, é um dos raros defeitos da direção de arte. Ocorre que nenhum desses heróis possui super poderes e, ao contrário, todos ostentam vícios e fraquezas das mais comuns, como luxúria, soberba, sadismo e alcoolismo. A não ser um deles, cujos poderes beiram a onipotência e que parece não se interessar pelo destino dos humanos, com exceção da esposa, ela mesma uma super-heroína aposentada que o troca por um colega. Aborrecido, ele se isola em Marte, enquanto se planeja uma jogada perversa e ameaçadora para a humanidade. Para quem leu a graphic novel original e queira conferir os resultados, pode ser divertido. Caso contrário, é melhor refletir sobre a frase de Alan Moore: “Hollywood enxágua a nossa imaginação cultural coletiva: Watchmen é essencialmente infilmável.”

WATCHMEN – O FILME
Watchmen
Direção: Zach Snyder
Com Malin Akerman, Billy Crudup, Mathew Goode, Carla Gugino
Inglaterra / EUA - 2009 – 163 min.


3 comentários:

Big Lui disse...

Êita! Esse Alan Moore simplesmente se acha... dá um tempo!!! O filme tá bom!

Anônimo disse...

notícia antiga mas..

alan moore já viu watchmen e nao só adorou como ligou pro snyder e pediu desculpas e apresenntou um projeto dele com a esposa pro cineasta adaptar. só pra o povo parar de falar merda sobre a marra dele E sobre o excelente filme.

Anônimo disse...

Alan Moore NÃO VIU O FILME.

Pare de inventar merda.

Ele não é arrogante porra nenhuma, ele fez uma história que é uma CRÍTICA a política de direita dos EUA. Só que a DC e Hollywood transformaram essa história crítica numa coisa POP, um super hit dos quadrinhos. E agora adaptaram em forma de blockbuster pro cinema.