Ao longo de sua trajetória, começou a fazer filmes cada vez melhores, muitos deles sobre gente que se redime e procura uma segunda chance, como "Caubóis do Espaço", "Os Imperdoáveis" e "Menina de Ouro". Assim é o veterano da Coréia Walt Kowalski, um operário aposentado extremamente conservador, que não sorri desde que se tornou viúvo. Só sente carinho por um Ford modelo Gran Torino, que conserva impecável, do jeito que saiu da fábrica em 1972. Sem razão para o convívio social, ele não consegue mais suportar nem a companhia dos filhos, quanto mais a dos imigrantes orientais que se mudam para a vizinhança e que ele julga ser chineses, ou pior... coreanos. Eram, no entanto, membros da etnia Hmong, um povo errante que fugiu da China e se estabeleceu no Laos e Vietnam, onde apoiou os americanos contra os comunistas. Um desses vizinhos impediu que uma gangue local lhe roubasse o caro e, quase sem querer, acabou se aproximando do rapaz e sua família. O golpe fatal acontece quando ele, como triste comedor de hambúrguer, experimenta as supremas delícias da culinária oriental.
O filme é, de fato, um libelo em favor do multiculturalismo e um grito contra o preconceito. E que atinge uma estatura ainda mais elevada, se colocado em contraste com o mencionado patrimônio imaterial que identifica o diretor de "Em Busca da Honra". Do modo como se conduz este comentário, pode-se imaginar que estamos falando de uma comédia. Na verdade, os elementos humorísticos apenas pontuam um drama de forte carga emocional, em que não falta uma boa dose de violência − como de resto ainda é lícito se esperar de um filme do velho Dirty Harry.
O filme é, de fato, um libelo em favor do multiculturalismo e um grito contra o preconceito. E que atinge uma estatura ainda mais elevada, se colocado em contraste com o mencionado patrimônio imaterial que identifica o diretor de "Em Busca da Honra". Do modo como se conduz este comentário, pode-se imaginar que estamos falando de uma comédia. Na verdade, os elementos humorísticos apenas pontuam um drama de forte carga emocional, em que não falta uma boa dose de violência − como de resto ainda é lícito se esperar de um filme do velho Dirty Harry.
Um comentário:
Luciano,
Adorei o filme Gran Torino.
Clint está estupendo,em plena forma! Achei um de seus melhores trabalhos em toda a carreira.
Abs
(em breve, pretendo atualizar meu blog aqui. Terminei hoje de editar o vídeo de O Equilibrista. O próximo deve ser o Valsa com Bashir. voupublicar no youtube ete aviso.)
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