Para entrar no assunto de “Incontrolável”, alguns comentaristas fizeram referência a um dos primeiros filmes da história do cinema – aquela tomada dos irmãos Lumière em 1896, mostrando um trem que chegava à estação e que era mais experiência tecnológica do que arte. Outros puxaram conversa por meio de um dos primeiros sucessos do gênero faroeste que focalizava, em 1903, o assalto a um trem. Alguns discorreram sobre a costumeira associação entre o ator Denzel Washington e o diretor Tony Scott. E por aí foi, provando que talvez a decisão mais importante a ser tomada por um crítico é a maneira como se começa a analisar um espetáculo cinematográfico, isto é, a sua abordagem.
Por coincidência, essa também é a preocupação fundamental de todos os personagens principais de “Incontrolável”. Carregado de explosivos suficientes para destruir uma cidade inteira, um trem está desgovernado. Corre a toda velocidade sem ninguém dentro da locomotiva para freá-lo. Os engenheiros e executivos da ferrovia fazem de tudo para abordá-lo, mas não conseguem. Tentam pousar sobre ele de helicóptero, procuram emparelhar uma picape para permitir que alguém salte para dentro da cabine e puxe o freio, mas nada disso funciona. De repente, a única esperança se acha nas mãos do personagem de Denzel Washington, um maquinista que acabara de ser demitido por que já trabalhava a 28 anos na empresa e esta precisava renovar seus quadros (leia-se pagar menos por mais funcionários).
Se os filmes são todos como trens incontroláveis, porque já se encontram em desenfreada corrida pela conquista do público, nossa abordagem desta obra se inspira justamente nesse protagonista. Aos 67 anos, o veterano Tony Scott parece enviar uma mensagem clara para o mercado: nenhum pagamento em dinheiro é suficiente para retribuir as vantagens da experiência acumulada no exercício do trabalho. Sem truques de dramaturgia, nem qualquer sensacionalismo, ele nos conduz por essa jornada de puro suspense em que permanecemos por 98 minutos sem conseguir piscar os olhos. Na verdade, o trem de “Incontrolável”, jamais esteve vazio: todos nós viajamos dentro dele.
Por coincidência, essa também é a preocupação fundamental de todos os personagens principais de “Incontrolável”. Carregado de explosivos suficientes para destruir uma cidade inteira, um trem está desgovernado. Corre a toda velocidade sem ninguém dentro da locomotiva para freá-lo. Os engenheiros e executivos da ferrovia fazem de tudo para abordá-lo, mas não conseguem. Tentam pousar sobre ele de helicóptero, procuram emparelhar uma picape para permitir que alguém salte para dentro da cabine e puxe o freio, mas nada disso funciona. De repente, a única esperança se acha nas mãos do personagem de Denzel Washington, um maquinista que acabara de ser demitido por que já trabalhava a 28 anos na empresa e esta precisava renovar seus quadros (leia-se pagar menos por mais funcionários).
Se os filmes são todos como trens incontroláveis, porque já se encontram em desenfreada corrida pela conquista do público, nossa abordagem desta obra se inspira justamente nesse protagonista. Aos 67 anos, o veterano Tony Scott parece enviar uma mensagem clara para o mercado: nenhum pagamento em dinheiro é suficiente para retribuir as vantagens da experiência acumulada no exercício do trabalho. Sem truques de dramaturgia, nem qualquer sensacionalismo, ele nos conduz por essa jornada de puro suspense em que permanecemos por 98 minutos sem conseguir piscar os olhos. Na verdade, o trem de “Incontrolável”, jamais esteve vazio: todos nós viajamos dentro dele.
INCONTROLÁVEL
Unstoppable
estreia 07 01 2011
EUA 2010 – 98 min. 10 anos
Gênero: Ação / suspense / social
Distribuição Fox films
Direção Tony Scott
Com Denzel Washington, Rosario Dawson,
Ethan Suplee, Kevin Dunn
COTAÇÃO
* * *
B O M
Unstoppable
estreia 07 01 2011
EUA 2010 – 98 min. 10 anos
Gênero: Ação / suspense / social
Distribuição Fox films
Direção Tony Scott
Com Denzel Washington, Rosario Dawson,
Ethan Suplee, Kevin Dunn
COTAÇÃO
* * *
B O M
2 comentários:
Eu não iria assistir a este filme se não fosse por esta resenha. Isto demonstra a importância da (boa) crítica para a formação das opiniões.
Alguem sabe que caminhonete é essa usada no filme?
Postar um comentário