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sábado, 11 de abril de 2009

"Evocando Espíritos” é mais um exemplo da velha receita da casa mal assombrada

O título original é “The Haunting in Connecticut”, que quer dizer “A Assombração em Connecticut”. Porém, o título brasileiro para o filme ficou “Evocando Espíritos”, revelando a intenção de vender essa história de fantasmas numa casa mal assombrada como se fosse uma narrativa ligada ao espiritismo. Talvez o autor do título estivesse pensando no verbo invocar, que se refere a práticas mágicas, mas preferiu evocar, quem sabe para parecer mais poético, ainda que signifique “trazer à lembrança”. No presente momento, proponho evocar o “espírito do capitalismo”, estudado por Max Weber em “A Ética Protestante...” (1904). Naquela obra, o sociólogo explicava que a racionalidade ética dos puritanos foi historicamente essencial para o desenvolvimento do sistema. Ou seja, que a honestidade e a transparência dos negociantes eram condições básicas para um bom negócio. Este lançamento, aliás, será um empreendimento ambicioso, com 150 cópias, provavelmente na intenção de repetir as emblemáticas proezas nas bilheterias de “Ghost – Do outro Lado da Vida” (1990) e “Bezerra de Menezes” (2008) – o que não parece completamente honesto.
A história mistura bruxaria com espiritismo que, na verdade, são práticas incompatíveis. Ainda que isso não aconteça por culpa do roteiro, mas de um determinado personagem maligno, o suspense do filme até se beneficia dessa confusão, sem oferecer qualquer esclarecimento a respeito. Poderão dizer que não se usa nota de rodapé em cinema, mas isso não é bem verdade: antes dele começar, lemos a fatídica frase “baseado em fato real” sobre a tela negra. E ao final, entremeada aos créditos de encerramento, desfila uma série de imagens em branco e preto focalizando alguns locais vistos no filme, dando a impressão de “fotos jornalísticas”. No entanto um poderoso médium, chamado Google da Internet, não registra qualquer “fato real” que tenha inspirado a trama. Mesmo que a cidade de Southington, onde ela se ambienta, seja famosa na área pelos abundantes relatos de fantasmas assombrando os vivos a torto e a direito.
A empulhação mais grave cometida por “Evocando Espíritos”, entretanto, é tentar vender uma história mofada como se fosse inédita e "real". Levante a mão quem ainda não viu filme de horror com família comum se mudando para uma casa velha, sem saber que lá aconteceram crimes hediondos e, menos ainda, que as almas penadas das vítimas reclamam vingança do além. Ou do fundo porão, onde preferem se esconder para infernizar mais à vontade os pobres mortais, na calada da noite, ou quando estão no chuveiro. (ver a foto do alto) Sim, igualzinho àquela famosa cena de “Psicose”, um milhão e meio de vezes já citada.

Evocando Espíritos
The Haunting in Connecticut
2009 - EUA
estréia 17/04/2009
Direção de Peter Cornwell
Com Virginia Madsen, Amanda Crew,
Kyle Gallner e Elias Koteas

10 comentários:

Marcio Melo disse...

vi ontem este filme, realmente uma lástima entupida de clichês.

E olhe que eles até tinham uma "suposta" história "real" para contar e desenvolver uma boa trama.

Ana Claudia M. Justiniano disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ana Claudia M. Justiniano disse...

Gostaria de, primeiramente, parabenizar o bog pelo conteúdo que traz. Em segundo lugar, na condição de espírita e estudante de jornalismo, digo que, se for confirmado esse teor apelativo do filme, é uma pena. Deturpam a imagem do espiritismo e deturpam o jornalismo, trabalhando as fotos para que pareçam real e imbutindo um ar de verdade em toda a história. O problema não é abordar de forma sensacionalista. O problema é fazer isso sem que haja transmissão de conhecimento. A pessoa tem que sair melhor depois de uma sessão de cinema e não simplesmente com medo. Medo é fruto da falta de conhecimento.
Sugiro aos cineastas que estudem a Doutrina Espirita e vejam que há muita comunicação entre humanos e Espíritos bons. Ver, enxergar, ouvir, enfim, ter algum tipo de contato mais evidente com os Espíritos pode ser muito benéfico, sobretudo quando quem se comunica são os inúmeros Espíritos de LUZ!
Não vi o filme, escrevo baseada no que li. E para não ficarmos somente baseados na impressão dos outros, também sugiro uma ida ao cine de quarta (mais barato) e confirmar o que ouviu.
Valeu!
ps: apaguei o anterior por conter uma palavra errada. :)

Anônimo disse...

foi fato real mesmo?

Liza disse...

Assisti ao filme e particularmente acho que não houve confusão alguma por parte dos roteiristas, pois acredito que a intenção era justamente mostrar que foi o dono da funerária que se "desviou" do caminho espírita para a bruxaria, usando para isto artifícios malígnos, como usar os corpos, aprisionando as almas no filme.Achei um dos filmes mais impressionantes que já assisti. E se pesquisarem na internet, verão q realmente foi baseado em uma história real. Portanto prova que o clichê da "velha receita da casa mal assombrada" e uma boa história real somadas de forma inteligente resultam num extraordinário filme!!!

Unknown disse...

oi o meu nome é Gyovanna i eu queria dizer que o filme é maravilhoso e assustador por que eu fiquei morrendo de medo quando eu o assisti, mais ele é ótimo!

Anônimo disse...

realmente nao entendi o q quis disser falou muito mais nao disse nada de real o interesante. so qria saber qual foi sua intençao de defama um filme tao bom, e com uma mensagem legal. meu email é thales_tatatfd@yahoo.com.br me responda se puder obrigado pela atençao

Anônimo disse...

é um filme inspirador e muito interesante, mostra muito sobre as vidas passadas.
Quem teve o prazer de assistir deve de assistir novamente e quem não assistiu eu em especial recomendo.
Pois é ínteressantissimo.
PAABÉNS PARA O DIRETOR.

Anônimo disse...

O filme é realmente 'baseado' em fatos reais, ou seja não quer dizer que na história real aconteceu o que se passa nele, como todo bom filme eles mudam algumas coisas não é mesmo?

Anônimo disse...

Assisti este filme ontem. Gostei pra caramba. Mais alguém me explica o pq do cara escrever nos corpos?