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sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Filme de encerramento do Festival de Cannes 2016, Herança de Sangue é "barra pesada"


Erin Moriarty e Mel Gibson são filha e pai em "Herança de Sangue"

Se o requintado “Café Society” de Woody Allen foi escolhido para abrir o Festival de Cannes deste ano, o título convidado para o seu encerramento foi “Herança de Sangue” – um filme de ação “barra pesada” dirigido pelo francês Jean-François Richet, protagonizado por Mel Gibson, e ambientado nos Estados Unidos, a partir de um roteiro de Peter Craig, o mesmo da serie “Jogos Vorazes”. 


Aos 50 anos, Jean-François Richet já dirigiu 9 títulos, entre eles o remake de “Assalto à 13ª Delegacia” de 2005, também ambientado na América. E já fez outros quatro filmes com Jean Pierre Cassel que ele, o diretor considera “da mesma raça” de Mel Gibson. Provavelmente porque os dois sejam intérpretes essencialmente viscerais e, além disso, sempre se concentram nas motivações dos personagens.

Neste roteiro, Gibson faz o papel de um ex-presidiário e ex-alcoólico que sobrevive desenhando tatuagens numa comunidade de desempregados, motoqueiros e imigrantes ilegais. Ele mora num trailer e sonha em reencontrar a filha adolescente de quem se afastara há algum tempo. Um dia a menina reaparece viciada em álcool misturado com meta-anfetamina e à beira de uma espécie de abismo. Ou seja, o seu namorado é sobrinho de um dos chefões da máfia mexicana do tráfico e vinha acusando a garota de desviar dinheiro do cartel – coisa que, na verdade, ele mesmo vinha fazendo.

O longa é marcada pelas cenas de batalhas campais

Trata-se, portanto, de uma enrascada que só se resolveria a bala. É uma batalha desproporcional, em que o protagonista precisa colocar em ação toda a sua experiência de ex-marginal, convertido ao papel de pai zeloso. O filme funciona porque o diretor Jean-François Richet cuida muito bem das cenas de refinado humor e emoção, como reencontro entre pai e filha. Mas capricha também nas inúmeras batalhas campais e tiroteios sobre rodas. “Herança de Sangue” é muito mais eficiente, por exemplo, do que a série “Busca Implacável” de Luc Besson, em que Liam Nesson procura resgatar a filha de bandidos europeus. 

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