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terça-feira, 15 de novembro de 2016

Os filmes lançados no circuito comercial de SP na semana iniciada em 03 11 2016


Cena do filme "Canção da Volta", brilhantemente estrelado por Marina Person

Após o encerramento da 40ª Mostra, o mercado exibidor de filmes novos regressa ao seu ritmo normal de obras importantes, estreando ao lado de outras bem menos expressivas. Mas, talvez por influência da proximidade do Festival internacional de cinema, o nível dos títulos lançados nesta semana se mostra acima da média.
Destaca-se a novíssima cinematografia brasileira. A começar pelo documentário “Cinema Novo” dirigido por Eryk Rocha, filho de Glauber Rocha. A obra se apresenta como um ensaio poético, ou seja, um olhar aprofundado, ou um retrato íntimo daquele movimento que colocou o Brasil no conjunto do cinema mundial.

Repleto de imagens e depoimentos inéditos, o filme contou com o apoio dos herdeiros dos principais realizadores do grupo, como Joaquim Pedro, Gustavo Dahl e Paulo Cesar Saraceni, além de Luis Carlos Barreto, Carlos Diégues e Nelson Pereira dos Santos. Trata-se de um obra indispensável para a compreensão da nossa história

Uma das surpresas do documentário “Cinema Novo” foi o fato do diretor Eryk Rocha ter incluído naquele movimento a figura do paulista Luis Sergio Person e seu filme, o clássico “São Paulo SA”. Agora, 80 anos depois de seu nascimento e 40 depois da morte, a filha Marina - amplamente conhecida como apresentadora de TV, roteirista e até diretora - se consolida como atriz de cinema. 

Após dirigir "Califórnia", Marina Person estrela “Canção da Volta”, numa referência a uma comovente composição de Dolores Duran. A direção é de Gustavo Rosa de Moura e o elenco conta com a presença de João Miguel e Marat Descartes. Mas a grande figura em cena é da própria Marina Person, num trabalho de impressionante densidade dramática.
Extremamente triste e cruel é o documentário “Curumim”, que tem direção de Direção Marcos Prado. O filme documenta as últimas horas de Marco Archer, um cidadão brasileiro que foi condenado à pena de morte por tráfico de drogas, após ser capturado pela polícia tailandesa na Indonésia.
Desde “O Complexo de Portnoy” lançado no final dos anos de 1960, o nome do escritor Phillip Roth é lembrado pelos produtores de filmes, como um autor cujos textos sempre funcionam bem ao serem adaptados para o cinema. Esse é um hábito, aliás, que deveria ser seguido mais frequentemente pelos produtores brasileiros e que traria para nós um acréscimo de qualidade. Agora é lançado “Indignação”, roteiro baseado em livro de Roth e que tem a direção de James Schamus – o prestigiado produtor de filmes como O “Segredo de Brokeback Mountain”. “Indignação se passa em 1951, numa universidade de Ohio, quando um estudante tem problemas com o anti-semitismo. 

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