O atual campeão brasileiro de bilheteria é "Cilada.com", seguido do fraquíssimo "Qualquer Gato Vira-lata". Apesar de muito melhores, em termos de estética e temática, "Estamos juntos" e "Quebrando o tabu" ficam num patamar muito inferior em termos de público.
Realmente o mercado não é justo e, neste caso, valoriza o "besteirol":
Cilada.com............................. 1.184.908
Qualquer Gato Vira-lata............ 1.114.800
Estamos Juntos............................... 26.483
Quebrando o Tabu.......................... 24.182
Baseado num programa de TV, “Cilada.com” é realmente uma armadilha para quem acredita na recuperação da comédia no cinema brasileiro. O enredo, o andamento, a vulgaridade dos diálogos, o superficial na construção dos personagens, tudo remete ao tempo da chamada pornochanchada, com uma única diferença: não há cenas de nudez. Por sua vez, a temática pretende ser atual, porque aborda o drama de alguém que é ridicularizado no universo da internet, depois que um vídeo registrando o seu desastroso desempenho sexual é divulgado pelo YouTube. Ou seja, temos aqui a mesma concepção chula e machista da vida em sociedade e da relação entre os sexos que marcava os produtos da nossa heróica “Boca do Lixo”. O diretor é José Alvarenga Jr, de Xuxas, Trapalhões e “Os Normais”, mas o principal responsável pelo projeto é Bruno Mazzeo, filho de Chico Anísio, roteirista, intérprete e figura central do elenco.
O jovem mostra potencial como ator cômico, principalmente porque adota uma linha minimalista de atuação. Chega a lembrar a fleuma de Buster Keaton ao montar um personagem que praticamente não dá uma só risada ao longo do filme. Ao contrário, todos os demais se divertem com suas desventuras e ele chega a reclamar que também tem o direito de rir. Mas o resto é pura grosseria escatológica, como o sonho com a clínica de tratamento para ejaculação precoce, ou a sequencia da garota de boas intenções e mau hálito. Salvam-se o craque Fúlvio Stefanini (abaixo, numa expressão de "kabuki"), o personagem do cineasta maluco, feito por Serjão Lorosa e a cena da declaração de amor que, aliás, é copiada do documentário “Dont Look Back” (1967) sobre Bob Dylan.
Realmente o mercado não é justo e, neste caso, valoriza o "besteirol":
Cilada.com............................. 1.184.908
Qualquer Gato Vira-lata............ 1.114.800
Estamos Juntos............................... 26.483
Quebrando o Tabu.......................... 24.182
Baseado num programa de TV, “Cilada.com” é realmente uma armadilha para quem acredita na recuperação da comédia no cinema brasileiro. O enredo, o andamento, a vulgaridade dos diálogos, o superficial na construção dos personagens, tudo remete ao tempo da chamada pornochanchada, com uma única diferença: não há cenas de nudez. Por sua vez, a temática pretende ser atual, porque aborda o drama de alguém que é ridicularizado no universo da internet, depois que um vídeo registrando o seu desastroso desempenho sexual é divulgado pelo YouTube. Ou seja, temos aqui a mesma concepção chula e machista da vida em sociedade e da relação entre os sexos que marcava os produtos da nossa heróica “Boca do Lixo”. O diretor é José Alvarenga Jr, de Xuxas, Trapalhões e “Os Normais”, mas o principal responsável pelo projeto é Bruno Mazzeo, filho de Chico Anísio, roteirista, intérprete e figura central do elenco.
O jovem mostra potencial como ator cômico, principalmente porque adota uma linha minimalista de atuação. Chega a lembrar a fleuma de Buster Keaton ao montar um personagem que praticamente não dá uma só risada ao longo do filme. Ao contrário, todos os demais se divertem com suas desventuras e ele chega a reclamar que também tem o direito de rir. Mas o resto é pura grosseria escatológica, como o sonho com a clínica de tratamento para ejaculação precoce, ou a sequencia da garota de boas intenções e mau hálito. Salvam-se o craque Fúlvio Stefanini (abaixo, numa expressão de "kabuki"), o personagem do cineasta maluco, feito por Serjão Lorosa e a cena da declaração de amor que, aliás, é copiada do documentário “Dont Look Back” (1967) sobre Bob Dylan.
3 comentários:
Tô com medo de ver esse. Parece ser muito caricato.
http://cinelupinha.blogspot.com/
Realmente esse filme deixou muito a desejar... Uma comédia (se é que podemos chamá-la assim!) sem graça algum, com forte apelo nas baixarias, enfim, fraca. Temos que nos esforçar ao Maximo para conseguir rir um pouco... Comédia de verdade no cinema brasileiro que me lembro era com Os Trapalhões!
Eu já iria mesmo, agora, então...
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