Aliás, isso aconteceu de fato nos gibis americanos, porque o personagem perdeu interesse com o fim da Segunda Guerra e só voltou a ser publicado por iniciativa de Stan Lee, na década de 1960. Curiosidade interessante: tanto Superman e Batman, quanto o Capitão América foram concebidos quando seus autores ainda eram estudantes. O filme todo se passa durante a Segunda Guerra, mas também inclui esse processo de renascimento, para permitir a continuação da série.
Nos quadrinhos, a dramaticidade dos heróis depende da força dos vilões que eles enfrentam. Cada um possui o seu: Superman tem Lex Luthor e Batman tem o Coringa, mas pelo menos no universo dos gibis, o campeão é Red Skull, o Caveira Vermelha − um chefe nazista que supera em crueldade o próprio Hitler e que tinha tomado uma dose do mesmo soro miraculoso, antes dele ser levado para os Estados Unidos por seu criador.
Essa poção mágica tem o poder de amplificar as características intrínsecas de quem a ingere. Quem é bonzinho fica melhor ainda, mas quem é mau vira uma peste. Na pele de Hugo Weaving, e modelado pelos técnicos de Hollywood o facínora é a maldade em pessoa. Inspira mais pavor do que a confiança pretendida pelo interprete do Capitão. Trata-se de Chris Evans, que parecia mais vivo e humano como o irreverente Tocha Humana em “O Quarteto Fantástico”.
Mas, até que ele funciona bem no papel desse ser quase artificial e desprovido de qualquer conflito interno: um sujeito que apesar de todos aqueles músculos e do tal soro − que provavelmente era como se chamavam os hormônios nos anos 1940 – durante o filme todo só consegue dar dois beijinhos em criaturas do sexo oposto. A computação gráfica do filme dirigido por Joe Johnston, um designer que ganhou Oscar de efeitos especiais por “Os caçadores da arca perdida”, também dá um show na transformação do protagonista e na precisa ambientação de época, que inclui um impagável número de vaudeville e uma réplica da exposição mundial de 1943 em Nova York.
Mas o melhor do espetáculo fica a cargo do roteirista Christopher Markus, da série “Crônicas de Narnia”. Ele costura a trama com humor e ironia, ao montar um personagem que fora criado pelo governo americano para ser um falso herói, vestido com um uniforme que parodia a bandeira nacional, para exercer a missão de vender bônus para o esforço de guerra. Mas que em seguida se revela verdadeiro, numa espécie de inversão do que aconteceu na história real, tal como foi contada no filme “A Conquista da Honra” (The Flags of our fathers – 2006) de Clint Eastwood. Antes de isso acontecer, o roteiro o trata como uma pessoa de carne e osso virando herói de comics e de filmes publicitários, num curioso momento de metalinguagem. Na vida real, em 1941, quando foi desenvolvido por Joe Simon, segundo o historiador Reinhold Reitberger, lançaram-se outros 40 heróis de motivação patriótica, como The Flag, The Patriot e The Major Liberty (na imagem abaixo).
Essa poção mágica tem o poder de amplificar as características intrínsecas de quem a ingere. Quem é bonzinho fica melhor ainda, mas quem é mau vira uma peste. Na pele de Hugo Weaving, e modelado pelos técnicos de Hollywood o facínora é a maldade em pessoa. Inspira mais pavor do que a confiança pretendida pelo interprete do Capitão. Trata-se de Chris Evans, que parecia mais vivo e humano como o irreverente Tocha Humana em “O Quarteto Fantástico”.
Mas, até que ele funciona bem no papel desse ser quase artificial e desprovido de qualquer conflito interno: um sujeito que apesar de todos aqueles músculos e do tal soro − que provavelmente era como se chamavam os hormônios nos anos 1940 – durante o filme todo só consegue dar dois beijinhos em criaturas do sexo oposto. A computação gráfica do filme dirigido por Joe Johnston, um designer que ganhou Oscar de efeitos especiais por “Os caçadores da arca perdida”, também dá um show na transformação do protagonista e na precisa ambientação de época, que inclui um impagável número de vaudeville e uma réplica da exposição mundial de 1943 em Nova York.
Mas o melhor do espetáculo fica a cargo do roteirista Christopher Markus, da série “Crônicas de Narnia”. Ele costura a trama com humor e ironia, ao montar um personagem que fora criado pelo governo americano para ser um falso herói, vestido com um uniforme que parodia a bandeira nacional, para exercer a missão de vender bônus para o esforço de guerra. Mas que em seguida se revela verdadeiro, numa espécie de inversão do que aconteceu na história real, tal como foi contada no filme “A Conquista da Honra” (The Flags of our fathers – 2006) de Clint Eastwood. Antes de isso acontecer, o roteiro o trata como uma pessoa de carne e osso virando herói de comics e de filmes publicitários, num curioso momento de metalinguagem. Na vida real, em 1941, quando foi desenvolvido por Joe Simon, segundo o historiador Reinhold Reitberger, lançaram-se outros 40 heróis de motivação patriótica, como The Flag, The Patriot e The Major Liberty (na imagem abaixo).
2 comentários:
Não está em cartaz em Paris. O Brasil na frente?
luciano, o filme e melhor que thor e inferior a x-men vale o ingresso.
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