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sábado, 6 de novembro de 2010

O cinema brasileiro aumenta seu percentual de participação no mercado em 2010


No dia 26/10/2010 “Tropa de Elite 2” alcançou a marca de filme nacional mais visto desde 1995, o ano em que se iniciou retomada da produção nacional, após o freio de Collor. Foram necessários apenas 18 dias de exibição para que a obra de José Padilha batizada como "O Inimigo agora é Outro" superasse a marca de 6,2 milhões de espectadores, deixando para trás “Se Eu Fosse Você 2”, de Daniel Filho (que conquistara 6,1 milhões de espectadores).

Para se ter uma ideia do isso significa em termos comparativos, na terceira semana de exibição o blockbuster de Daniel Filho só conseguira acumular aproximadamente 2,5 milhões de espectadores na – isto é, menos da metade dos ingressos vendidos por “Tropa 2” no mesmo intervalo de tempo. Os próximos recordes a serem atingidos por esta produção de Marcos Prado comercializada por Marco Aurélio Marcondes são os seguintes: primeiro o de filme mais assistido nas salas de cinema do Brasil neste ano. Nesta posição está “Avatar” e seus 9,1 milhões de espectadores; e o de maior blockbuster da história do cinema nacional. Este posto vem sendo mantido por “Dona Flor e Seus Dois Maridos” que, em 1976, trouxe 10,7 milhões de pessoas para as salas de exibição.

Graças a esse impulso, em 2010 os ingressos de filmes brasileiros já superam os de 2009. Esse é um dado interessante, ou seja, observando a curva histórica nota-se que nos anos em que o cinema brasileiro vai bem, o mercado todo cresce. Foi assim, por exemplo, em 2003 ("Carandiru") e em 2004 ("Cazuza"). Os números comprovam que os filmes nacionais não tiram público dos blockbusters estrangeiros. Liderados por "Chico Xavier", "Nosso Lar" e "Tropa de Elite 2", os filmes brasileiros já venderam 18 milhões de ingressos em 2010, o que representa 2 milhões de espectadores a mais do que tivemos no ano passado, quando a nossa taxa de ocupação nas salas era de 14,3%. Agora a Agência Nacional de Cinema estima que, neste ano, a participação do filme brasileiro chegue a 15% ou 16% do total do nosso mercado exibidor.

2 comentários:

Assis Furriel disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Assis Furriel disse...

Luciano, esses dados são uma prova de que o Brasil tem potencial para desenvolver uma indústria cinematográfica. Por suas dimensões, sua diversidade cultural e pela paixão que o brasileiro tem pela sétima arte, nosso país pode ser uma potência no cinema. Quem sabe, um dia, como a americana. Por que, não?
Parabéns pela matéria e pelo Blog!