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sábado, 2 de dezembro de 2017

Novo filme do talentoso Aly Muritiba, "Ferrugem", estará na competição do Festival de Sundance



Aly Muritiba (ao meio, de camisa cinza) comanda o jovem elenco de "Ferrugem"

Ainda hoje entre nós tem gente que muda de calçada quando passa em frente de um cinema em que um filme brasileiro esteja em exibição. Isso equivale a uma pessoa que vira a página do jornal ou revista que ameaça transmitir alguma notícia referente ao cinema nacional. Por isso, o conhecimento sobre esse tema é tão carente em nossa sociedade. Por acaso, ou por insistência dos distribuidores, os festivais e as competições internacionais de cinema tem colaborado para diminuir um pouco esse desconhecimento. 
A notícia é que o trabalho mais recente do cineasta brasileiro Aly Muritiba, com o título de “Ferrugem”, acaba de ser selecionado oficialmente para a mostra competitiva do festival Sundance de 2018. Esse evento acontece a mais de 30 anos em Salt Lake City e focaliza apenas filmes que se destaquem por sua potencialidade de causar impacto artístico e criativo. Foi o que aconteceu com obras notáveis como “Cães de Aluguel” (1992), “Pequena Miss Sunshine” (2006), “Whiplash: Em Busca da Perfeição (2014), e "Para Minha Amada Morta" de 2015 (que aliás ilustra hoje a nossa trilha sonora) 

Aquela foi a primeira vez que Aly Muritiba recebeu um prêmio no Festival de Sundance. Ou seja em 2015, ele foi agraciado com o Global Filmmaking Award daquele ano.  No recente “Ferrugem”, do qual ainda nem temos material promocional para uma possível, estreia, Muritiba mergulha no universo jovem para contar a história de Tati. 

Ela é uma adolescente cheia de vida, que gosta de compartilhar seus melhores momentos no Instagram e no Facebook e que terá sua vida virada do avesso quando algo que ela não queria compartilhar com ninguém cai num determinado grupo de whatsapp que circula no interior do colégio em que ela estuda.

Giovanni di Lorenzi e Tifanny Malaquias em cena do longa

Depois de realizar o seu primeiro filme, "Para Minha Amada Morta", o novo cineasta emergente se manifesta respeito: 

O meu filme anterior falava sobre luto e sobre como imagens registradas por meio de uma câmera VHS podem ter consequências graves na vida de quem a assiste. Decidi então que o meu próximo filme seguiria investigando esse tipo de temática, mas agora situando a história no mundo adolescente. Como já fui professor de ensino médio e sou pai de um adolescente, refleti acerca das redes sociais, ou seja essa comunidade baseada nas aparências.

O filme visita esse universo habitado por autoimagens e promessas de prazer. Mostra de como isto pode acabar submetendo os jovens a uma superexposição que gera conflito de limites entre as esferas publica e privada. "Ferrugem", uma história sobre medo, insegurança e crescimento .

É com ansiedade e muita esperança que aguardamos o lançamento desse novo trabalho de promissor Aly Muritiba em 2018.

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