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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Chanchada "Tudo Azul" traz consigo homenagem ao carnaval e crítica social


Letreiro do filme de Moacyr Fenelon
Quando se pensa em juntar filmes e carnaval, a associação mais imediata são as comédias carnavalescas que dominavam o nosso cinema entre os anos de 1940 e 1960. 
Esse tipo de espetáculo conhecido como “chanchada”, entretanto, começou a perder força com o advento da televisão. Mas algumas obras primas do gênero podem ser vistas em DVD ou no Youtube. Entre elas, o magnífico “Tudo Azul” dirigido por Moacyr Fenelon, com roteiro de Henrique Pongetti, em 1952.

Era uma comédia abertamente crítica e social, como se percebe em seu carro chefe “Lata d’agua na cabeça”, uma marchinha de Jota Junior. Enquanto Marlene cantava, a imagem mostrava lavadeiras reais, filmadas de verdade, numa favela de morro.


Cena do musical "Tudo Azul"

O lado especificamente satírico e político de “Tudo Azul”, porém, aparece em outros números musicais do filme, como é caso do célebre Maria Candelária, cantada pelo saudoso Blecaute. 

O filme traz outras marchinhas que impressionam pela temática social, como por exemplo “O Apanhador de Papel”, lançada pelo grupo Quatro Ases e um Coringa. A imagem mostra moradores de rua apanhando restos de papel para reciclar, enquanto pessoas bem vestidas saem alegremente dos bares restaurantes.


Com um elenco repleto de estrelas da década de 1950, ou seja, Virgínia Lane, Luiz Delfino, Linda Batista, Dalva de Oliveira, Jorge Goulart e a participação especial da Escola de Samba Império Serrano. O filme "Tudo Azul", voltou em 2002 em cópia restaurada, quando foi relançado pelo SESC.

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