Condenação” não chega a ser um grande espetáculo, mas traz um tema ainda não explorado pelo cinema americano, que sempre se mostrou fascinado por histórias que envolvem o sistema jurídico, o universo dos advogados e das condenações injustas,sempre com grandes batalhas em tribunais. Não trata propriamente de um erro judiciário, mas de um processo criminal prejudicado pela ausência de uma tecnologia que apenas recentemente tornou-se amplamente praticada, que é o chamado exame de DNA. Sabe-se que, por meio dele, é possível dizer quem realmente é filho de quem ou se os resíduos de sangue encontrados no local do crime pertencem de verdade ao principal suspeito de assassinato. Para dar corpo a essa questão, digamos forense, o filme parte de uma história real, ou seja, a de uma dona de casa com dois filhos adolescentes que decide se formar em direito apenas para defender o irmão condenado à prisão perpétua.
Apesar de verdadeira, essa premissa soa falsa ao desenhar uma mulher que sacrifica o próprio casamento e perde a guarda dos filhos para ajudar um irmão que ela acredita ser inocente. Um dos personagens até se espanta, dizendo que a irmã dele nem se lembra de mandar parabéns no seu aniversário. Por isso, o diretor Tony Goldwin que é neto do fundador da Metro e especialista em séries de TV, trabalha com duas grandes atrizes premiadas com o Oscar: Hilary Swank e Melissa Leo. Além disso, enxertou no roteiro, de modo muito hábil, uma série de flash backs para explicar a origem desse relacionamento tão raro. Durante a infância, o casal de irmão praticamente não teve pai e nem mãe e isso os fez se tornarem especialmente unidos.
A CONDENAÇÃO
Conviction
EUA, 2010, 110 min, 14 anos
estreia 28 10 2011
gênero drama / judiciário / família
Distribuição Vinny Filmes
Direção Tony Goldwyn
Com Hilary Swank, Sam Rockwell,
Melissa Leo, Thomas D. Mahard, Juliete Lewis
COTAÇÃO
* * *
B O M
Conviction
EUA, 2010, 110 min, 14 anos
estreia 28 10 2011
gênero drama / judiciário / família
Distribuição Vinny Filmes
Direção Tony Goldwyn
Com Hilary Swank, Sam Rockwell,
Melissa Leo, Thomas D. Mahard, Juliete Lewis
COTAÇÃO
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B O M










Tudo isso é narrado com elegância e economia de explicações, porque afinal uma boa história não precisa uma profusão de palavras para ser contada. Esse ascetismo narrativo se manifesta, numa encenação que dá importância equivalente às falas, gestos, olhares e silêncios. Alguns comentários até ligaram essa linha de trabalho com o estilo de Walter Hugo Khoury (1929-2003). Mas acontece que o diretor de “Noite Vazia” queria filmar principalmente a dificuldade de comunicação, enquanto Ristum pretende provocar emoção com um mínimo de recursos. Observe-se por exemplo, a carga de sentimentos que afloram na cena em Rodrigo transmite para a irmã a notícia da morte do pai deles, sem precisar entrar na obviedade melodramática dos detalhes.











Numa comparação com os filmes espíritas do momento, O FILME DOS ESPÍRITOS perde para “Nosso Lar” e “Chico Xavier” em termos de dramaturgia e montagem cinematográfica. Mas o estreante André Marouço teve a boa idéia de filmar algumas cenas dentro das Casas André Luís. E aí o filme ganha dos demais porque não fica apenas na homenagem aos líderes fundadores, mas mostra o que os espíritas de hoje vêm fazendo de concreto na área da caridade para aliviar o sofrimento das pessoas. No elenco, além de atores tarimbados, como Nelson Xavier, Ênio Gonçalves, Etty Fraser e Ana Rosa, temos uma surpreendente participação especial da apresentadora Luciana Jimenez (acima e abaixo), dando conta do recado direitinho e interpretando o papel de uma mulher 30 anos mais velha.







