Encontre o que precisa buscando por aqui. Por exemplo: digite o título do filme que quer pesquisar

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Último filme de Babenco, "Meu Amigo Hindu", ganha prêmio no Festival de Montreal


William Defoe (protagonista do longa) e Maria Fernanda Cândido em cena do filme

O filme “Meu Amigo Hindu”, último trabalho em longa metragem de Hector Babenco, acaba de ser aclamado no Festival Internacional de Cinema de Montreal. Seu protagonista Willen Dafoe recebeu o prêmio de melhor ator naquele Festival canadense. O filme parte de uma experiência muito pessoal de Hector Babenco, falecido há pouco tempo, ou seja, ela foi o ponto de partida para este seu derradeiro longa. Por isso a obra é considerada um trabalho auto-biográfico. 
No filme, Willem Dafoe interpreta Diego, um diretor de cinema que descobre uma doença provavelmente fatal. Ele então se casa com a mulher com quem vivia ha muitos anos de muitos anos, despede-se de seus amigos e ingressa numa rotina de intermináveis jornadas em hospitais. Chega a conversar com a própria morte, a quem pede tempo para fazer mais um filme. 

Durante o longo tratamento conhece um menino hindu com quem partilha histórias sobre a sua vida. Seu casamento termina e ele conhece uma nova mulher que traz um pouco de luz para a sua vida. Além de Willem Dafoe, no elenco, estão nomes como, Maria Fernanda Cândido, Barbara Paz, Selton Mello, Reynaldo Gianecchini, Tuna Duek e Dan Stulbach.


Hector Babenco ao meio de Defoe e Maria F. Cândido durante as gravações do filme

Como vemos, dessa luta final pela vida fazem parte várias pessoas e muitos símbolos. Pessoas, como o genial cineasta e milionário pintor americano Julian Schnabel (autor de “O Escafandro e a Borboleta”) que hospedou o protagonista em sua casa, e símbolos como a Morte, cujo emissário é interpretado por Selton Mello. Isso mostra que, na história em que o filme se baseia, Babenco quase perde a vida, mas não abandona o humor. Ele mesmo define o filme como uma viagem que vai do negro para a luz.

Em 1975, Babenco dirigiu sua primeira ficção que foi O Rei da Noite. Fez filmes de grande sucesso e prestigio como Pixote, a Lei do Mais Fraco (1981). Sua primeira produção internacional foi O Beijo da Mulher-Aranha (1984), com quatro indicações ao Oscar, incluindo a de melhor diretor. Em 2003, foi escolhido para a Seleção Oficial da Palma de Ouro, no Festival de Cannes, com Carandiru, uma das maiores bilheterias do cinema nacional. Este prêmio para “Meu Amigo Hindu” é uma demonstração de que o cinema de Babenco continua vivo e sempre poderá trazer novos ensinamentos para quem com ele entrar em contato. 

Nenhum comentário: