Cena de "Desculpe o Transtorno" com Gregório Duvivier e Clarice Falcão
Em meio a um excesso de comédias nacionais é
possível que o expectador esteja disposto a rir e queira escolher a melhor
opção dentro desse gênero. Em meio às novidades é provável que ele faça opção por
aquela que apresente mais pedigree, ou seja, atores globais e ligados a
programas requintados e uma comicidade mais bem comportada. Nesse caso, talvez
a escolha correta fosse “Desculpe o Transtorno”.
O diretor Caito Ortiz começou muito bem em 2003 com um documentário sobre os motoboys, chamado “Vida Loca”, e agora experimenta um relato histórico, na chave da comédia. O filme abre com uma advertência segundo a qual “boa parte disso realmente aconteceu”. A mais evidente qualidade de “O Roubo da Taça”, aliás, é a direção de arte que nos coloca por inteiro na década de 1980. Os automóveis, as roupas, os ambientes, ou seja, a aparência geral das coisas e das pessoas nos remete diretamente para aquela época.
Paulo Tiefenthaler (foto) protagoniza "O Roubo da Taça"
Em 1983, a taça Jules Rimet passou a morar no Brasil depois de vencida a 3ª Copa do Mundo. Os gestores da CBF mandaram fazer uma réplica e a guardaram num cofre. E deixaram a taça original exposta na sala da presidência, onde a segurança era precária. Todas as interpretações de “O Roubo da Taça” mostram total desenvoltura. Especialmente a da habilidosa Taís Araujo, que parece estar atuando no set do seriado televisivo Mister Brau.
Nenhum comentário:
Postar um comentário