Nesta edição do
festival de Brasília do Cinema Brasileiro de número 49 causou impacto o documentário “Cinema
Novo”, que é um filme-ensaio assinado pelo filho de Glauber Rocha (Erik Rocha)
e que foi coproduzido pelas famílias de Gustavo Dahl e Joaquim Pedro de
Andrade, com o apoio dos herdeiros de outros líderes do movimento, como Paulo
Cesar Saraceni e Leon Hirzman. Isso além de receber a ajuda de integrantes
ainda vivos, como Arnaldo Jabor, Nelson Pereira dos Santos e Luiz Carlos
Barreto. O filme levou 9 anos para ser concluído está marcado para chegar aos
cinemas no começo de novembro. Mas já deu o que falar em Cannes e, até a
estreia, deverá circular em outros eventos, cineclubes e faculdades.
O documentarista Eryk Rocha, diretor de "Cinema Novo"
O diretor, aliás, considera que este é um “filme de arqueólogo”. O espetáculo é
inteiramente construído a partir de arquivos sobre os títulos daquele período.
Trata-se na verdade do filme mais rico em imagens desse tipo e baseado em mais
de 130 fontes, obtidas em arquivos particulares das famílias mencionadas. Isso
além de material obtido nas cinematecas da Europa e de cenas garimpadas em
televisões, como a TV Cultura. Por exemplo, poderemos ver passagens da cineasta
Suzana Amaral (de A Hora da Estrela) ainda trabalhando como repórter, e o
programa Luzes Câmara, em que Silvia Bahiense entrevistava Joaquim Pedro de
Andrade nos anos de 1970. Alia ele declarava que a crítica carioca de então se
achava esclerosada.
As passagens mais interessantes, porém, são aquelas em que os diretores se manifestam, seja em entrevistas ou em conversas gravadas em reuniões das mais variadas. Aí fica clara a heterogeneidade de temas e estilos que caracteriza o Cinema Novo.
O 49º festival de Brasília do Cinema Brasileiro continua na semana que vem e o PCF vai continuar enviando as notícias do evento até lá
Cena de "Cinema Novo", filme de abertura do Festival de Brasília 2016
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