Paulo Tiefenthaler levou o Kikito do Festival de Gramado por sua atuação neste filme
No último Festival de Gramado, todos se
surpreenderam com a premiação do praticamente desconhecido Paulo Tiefenthaler
por sua atuação no filme “O Roubo da Taça”, também premiado pelo roteiro, pela
fotografia e pela direção de arte – que, aliás, de todos foi o prêmio mais
justo e merecido. Quem esteve lá não entendeu o fato do consagrado Caio Blat
ter sido ignorado na premiação de “Barata Ribeiro 716”, título considerado o
melhor do Festival.
Marcado neste filme, que acaba de estrear em São Paulo, por atuar o tempo todo
com excesso de adrenalina, Paulo Tiefenthaler é um ator bastante energético e
expressivo. Fez um pequeno, mas eficiente papel em “O Lobo Atrás da Porta” de
2013. Mas aqui ele exagera em termos de caras e bocas - o que é uma característica
geral desse elenco comandado pelo diretor Caito Ortiz.
Ele começou muito bem em 2003 com um documentário sobre os motoboys, chamado “Vida Loca”, mas agora experimenta um relato histórico, na chave mais solta da comédia. O filme, aliás, abre com uma advertência segundo a qual “boa parte disso realmente aconteceu”. A propósito, a mais evidente qualidade de “O Roubo da Taça” é a direção de arte, também premiada no festival, e que nos coloca por inteiro na década de 1980. Os automóveis, as roupas, os ambientes e, mais que tudo isso, a aparência geral das coisas e das pessoas nos remete diretamente para aquela época.
Ele começou muito bem em 2003 com um documentário sobre os motoboys, chamado “Vida Loca”, mas agora experimenta um relato histórico, na chave mais solta da comédia. O filme, aliás, abre com uma advertência segundo a qual “boa parte disso realmente aconteceu”. A propósito, a mais evidente qualidade de “O Roubo da Taça” é a direção de arte, também premiada no festival, e que nos coloca por inteiro na década de 1980. Os automóveis, as roupas, os ambientes e, mais que tudo isso, a aparência geral das coisas e das pessoas nos remete diretamente para aquela época.
O personagem de Tiefenthaler foi o responsável pelo furto da Jules Rimet
A taça Jules Rimet passou a morar no Brasil depois de vencida a 3ª
copa do mundo (conquista ocorrida na Copa do México, em 1970). E isso que diz o filme é absolutamente verdadeiro: os gestores
da CBF mandaram fazer uma réplica e a guardaram num cofre. E deixaram a taça
original exposta na sala da presidência, onde a segurança era precária.
Voltando ao filme, com exceção a de Milhem Cortaz no papel de um policial, todas as interpretações
de “O Roubo da Taça” estão excessivas. Inclusive a da competente Taís Araujo, que parece estar no set do seriado televisivo Mister Brau. E
infelizmente, neste caso, caricatura em demasia chega a enfraquecer um pouco a
comicidade natural do roteiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário