“Operação Skyfall” é a renovação de James Bond, para que se mantenha como sempre foi

“Operação Skyfall” é a última, mas com certeza não a derradeira aventura com o agente 007, ainda interpretado por Daniel Craig. No mundo do cinema, aliás, quase não há certezas possíveis, como são estas: ou seja, a continuidade dos filmes com o agente 007 e a rotatividade de atores para fazer o papel de James Bond. Agora direção coube a Sam Mendes (“Beleza Americana”) um cineasta autoral, cuja tarefa foi atualizar a série sem descaracterizá-la. Injetou uma forte dose de naturalismo e humanizou ainda mais o protagonista. Ainda que em menor escala, ele continua conquistando belas mulheres, mas estas não tem mais tanta importância na estrutura do enredo. O 007 torna-se mais frágil, do ponto de vista psicológico, e chega a ser dado como morto, depois de um atentado. 

Nesse período ele aproveita para arranjar uma nova namorada e se torna alcoólatra. Mas logo decide voltar ao posto para enfrentar o vilão da vez que é um poderoso hacker, empenhado em destruir todo o serviço secreto britânico, especialmente a líder “M”, interpretada por Judy Dench. A maioria dos antigos gadgets tecnológicos de espionagem tornou-se obsoleta diante da informática moderna e a maior novidade corre por aí. Esse bandido eletrônico, porém, não é um nerd, mas Javier Barden, apresentando um psicopata alucinado e sexualmente ambíguo. Em resumo, bem dirigido e com atuações bastante empenhadas, “Operação Skyfall” tem qualidade para agradar os veteranos admiradores de James Bond e também para interessar às novas plateias. 

OPERAÇÃO SKYFALL 

Skyfall

estreia 19 10 2012

gênero ação/  espionagem  

EUA/Reino Unido, 2012, 145 min, 12 anos

Distribuição: Sony Pictures.

Direção: Sam Mendes 

Com Daniel Craig, Javier Bardem, Judi Dench

COTAÇÃO

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B O M