“Argo” é dirigido e protagonizado por Ben Afleck, mais
conhecido como galã de Hollywood. A gente pensa que esses sujeitos só têm
minhoca na cabeça, mas não é o caso de muitos deles – como este profissional de
40 anos que atuou em 56 filmes e, no entanto já possui um expressivo trabalho
também por trás das câmaras. Em 1997, por exemplo, Afleck celebrou-se como
roteirista, recebendo um Oscar por "Gênio Indomável". Este “Argo”, entretanto, representa a sua consagração como
diretor: uma mistura bem dosada de suspense e humor, numa história real e
importante, até porque era pouco conhecida, ou melhor, secreta porque se trata
de um caso de espionagem internacional. É o seu terceiro trabalho em direção, depois de "Medo da verdade" (2007) e "Atração perigosa" (2010).
Em 1979, quando os aiatolás derrubaram o Xá da Pérsia e fundaram a república islâmica do Irã, a embaixada dos EUA foi invadida pelos rebeldes muçulmanos em fúria e seus funcionários ficaram presos como reféns. Menos meia dúzia deles, que conseguiram se esconder na embaixada do Canadá, mas precisavam ser tirados logo de lá, sob pena de serem executados assim que fossem descobertos. Afleck interpreta um agente da CIA especializado em “exfiltração” – ou seja, o contrário de infiltração – o encarregado executar essa proeza praticamente impossível. Ele inventa um plano mirabolante, porém curiosamente viável: fazer de conta que eles estavam no Irã escolhendo locações para uma produção de Hollywood – uma aventura de ficção científica chamada “Argo”.
É aí que reside o humor filme, com as atuações de John Goodman e Alan Arkin, em cujo diálogo não falta críticas mordazes à própria indústria do cinema americano. Para que o plano funcionasse, seria preciso que a tal produção existisse mesmo, que tivesse um roteiro, elenco, desenhos de produção e que viesse a merecer uma reportagem na revista Variety, para mostrar à polícia iraniana. Entre os diversos méritos deste filme, destaca-se um inteligente cotejo entre a narrativa cinematográfica e o que ficou gravado pelas televisões da época, atribuindo vida e frescor ao roteiro.
Isso, além de uma cuidadosa reconstituição da revolução islâmica, captando com detalhes o clima de histeria coletiva do período, incluindo as impressionantes execuções sumárias, o que valoriza o reconhecimento público daqueles heróis improvisados, que foram obrigados a se manter por tantos anos no anonimato.
Em 1979, quando os aiatolás derrubaram o Xá da Pérsia e fundaram a república islâmica do Irã, a embaixada dos EUA foi invadida pelos rebeldes muçulmanos em fúria e seus funcionários ficaram presos como reféns. Menos meia dúzia deles, que conseguiram se esconder na embaixada do Canadá, mas precisavam ser tirados logo de lá, sob pena de serem executados assim que fossem descobertos. Afleck interpreta um agente da CIA especializado em “exfiltração” – ou seja, o contrário de infiltração – o encarregado executar essa proeza praticamente impossível. Ele inventa um plano mirabolante, porém curiosamente viável: fazer de conta que eles estavam no Irã escolhendo locações para uma produção de Hollywood – uma aventura de ficção científica chamada “Argo”.
É aí que reside o humor filme, com as atuações de John Goodman e Alan Arkin, em cujo diálogo não falta críticas mordazes à própria indústria do cinema americano. Para que o plano funcionasse, seria preciso que a tal produção existisse mesmo, que tivesse um roteiro, elenco, desenhos de produção e que viesse a merecer uma reportagem na revista Variety, para mostrar à polícia iraniana. Entre os diversos méritos deste filme, destaca-se um inteligente cotejo entre a narrativa cinematográfica e o que ficou gravado pelas televisões da época, atribuindo vida e frescor ao roteiro.
Isso, além de uma cuidadosa reconstituição da revolução islâmica, captando com detalhes o clima de histeria coletiva do período, incluindo as impressionantes execuções sumárias, o que valoriza o reconhecimento público daqueles heróis improvisados, que foram obrigados a se manter por tantos anos no anonimato.
ARGO
Argo
EUA, 2012,120 min, 14 anos
estreia 09 11 2012
gênero docudrama/ suspense/ comédia
Distribuição Warner Bros.
Direção Ben Afleck
Com Bryan Cranston, Ben Affleck,
John Goodman, Alan Arkin
COTAÇÃO
* * * *
ÓTIMO
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