Textos de Luciano Ramos (jornalista, sociólogo e escritor paulista) sobre crítica de filmes nacionais e internacionais, reflexão a respeito da arte cinematográfica, notícias sobre o mundo do cinema, inserção do cinema na história da cultura, patrimônio histórico e cultural.
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segunda-feira, 16 de janeiro de 2017
Os filmes lançados no circuito comercial de SP na semana iniciada em 12 01 2017
"La La Land", que estreia essa semana, levou sete Globos de Ouro"
Em termos de filmes novos, a semana traz alguns
atrativos potencialmente capazes de arrancar os espectadores das piscinas, dos
lazeres campestres e até das praias. Isso significa que os cinemas oferecem
filmes para as principais facções nas quais se divide o público de cinema.
Provavelmente o primeiro da fila, ou seja, aquele título que poderá provocar a
formação de filas à porta das salas de cinema é “La La Land – Cantando Estações”,
ganhador de 7 prêmios no Globo de Ouro, inclusive os de melhores filme, ator, atriz (todos na categoria comédia ou musical) e diretor.
O filme já colecionou outros 127 prêmios em festivais e associações de
críticos. É escrito e dirigido por um jovem de 31 anos, chamado Damien Chazelle,
que já aplaudimos em seu outro título de sucesso, que foi “Whiplash: Em Busca da Perfeição”. Aliás, aquele outro trabalho
deu o Oscar de melhor ator coadjuvante para JK Simmons.
Na essência, a história consiste num simples encontro de amor: ao chegar em Los
Angeles o pianista de jazz Seb (Ryan Gosling) conhece a atriz iniciante Mia (Emma Stone) e
os dois se apaixonam. Eles tentam se relacionar afetivamente, apesar da extrema
competitividade da capital do cinema.
O filme tem charme e estatura para reeditar o sucesso de grandes clássicos
musicais, como “Cantando na Chuva” (1952), “O Picolino” (1935), e “Um americano em Paris” (1951).
O diretor de “A Criada” é o sul coreano Park Chan-Wook, que se tornou
mundialmente famoso pelo seu modo cru e expressivo de filmar no filme “OldBoy”
– uma versão oriental da história do Conde de Monte Cristo, que aliás foi
refilmada em Hollywood.
Em 1930, por ocasião do domínio japonês na Coreia do Sul, uma jovem nativa vai trabalhar
para uma herdeira japonesa vive vida isolada ao lado de um tio autoritário. Ela
e um vigarista planejam conquistar a herdeira, casar com ela, roubar a sua
fortuna e prendê-la em um sanatório.
Essa história em tom de tragédia shakespeariana foi aplaudida em Cannes e
ganhou o prêmio de público como na 40° Mostra Internacional de Cinema de São
Paulo.
O filme “Assassin's Creeed” é a versão cinematográfica do game de mesmo
nome - que em português seria "A Seita dos Assassinos". Essa entidade, que tem origem nos tempos medievais, povoa
vários romances de ficção desde as narrativas de Marco Polo. No elenco, temos as presenças de Marion Cotillard, Jeremy
Irons e Michael Fassbender.
Esse personagem descobre que é descendente de um integrante dessa seita e, por
conta de uma suposta herança genética, reencarna um guerreiro espanhol para
enfrentar os cavaleiros templários que sobrevivem até hoje. A direção é de Justin
Kurzel, que fez uma versão australiana de Macbeth, também estrelada por Michael
Fassbender.
Também estreia, ou melhor, reestreia com cópia restaurada o clássico de ficção
científica “O Homem que Caiu na Terra”, de Nicolas Roeg, com David Bowie. Pra
muita gente, este é o lançamento mais importante da semana. O filme é de fato
uma preciosidade em termos de roteiro e realização dramática.
Sem grande chance de competir com todas estas atrações temos o drama familiar “Manchester
à Beira-Mar”, com Casey Affleck e direção do elogiado Kenneth Lonergan.
E também o brasileiro “Eu Fico Loko” – uma comédia sobre um rapaz que enfrenta
o bullying dos colegas, dos quais se defende por meio das redes sociais. E
acaba ficando famoso. Bem, a vantagem está na atualidade temática, que é sobre
adolescentes, raramente focalizados pelo cinema brasileiro.
Editor Geral Doutor em Cinema pela Unicamp. Crítico de cinema da Rádio Cultura FM, no programa CINEMA FALADO. Exerceu a crítica de cinema na Rádio USP, no Jornal da Tarde e na Folha de São Paulo. Dirigiu o Departamento de cinema da Rede Bandeirantes. Roteirista das minisséries "Avenida Paulista" e "Moinhos de Vento", bem como da novela "Champanhe" da Rede Globo.
Todos os textos aqui presentes no blog são de sua autoria.
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