Luis Gnecco vive o poeta revolucionário, Mercedes Moran interpreta sua amante
A ação se inicia em 1948, quando o poeta e senador do Partido Comunista Pablo Neruda se acha numa sessão do Senado chileno. Era uma situação semelhante ao líder do Partido Comunista Brasileiro, Luis Carlos Prestes, que antes de ser cassado, foi senador da República entre 1946 e 1948. Numa amostra do que seria o resto do filme, Pablo Larraín situou primeira cena no banheiro do Senado. Quer dizer, mais do que uma reflexão histórica sobre aquele episódio, a proposta é reunir cenas de impacto envolvendo Pablo Neruda, um astro da poesia internacional, e o mexicano Gael Garcia Bernal, um astro do cinema, no papel do policial que o persegue.
Com exceção do clássico “O Carteiro e o Poeta” de 1994, o poeta agraciado com o Prêmio Nobel em 197 1não tem a sorte com o cinema que de fato merecia. O filme anterior sobre a sua biografia, feito por Manuel Basoalto em 2014, foi apenas sofrível, porque submetia a ordem dramática da narrativa a um discurso que Neruda fez no dia de sua posse como senador. Mas é possível que este trabalho de Pablo Larraín seja ainda mais frustrante. Limita-se a uma perseguição, ou seja, o policial interpretado por Gael Garcia correndo atrás de Neruda que ingressara na clandestinidade e permanecia por certo tempo no país, se mudando de um esconderijo para outro.
Gael García Bernal, que já viveu Che Guevara, agora é o tirano à caça dos comunistas
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