Viggo Mortensen (de amarelo) é o protagonista deste filme
Houve época em que o natal pautava diretamente a
programação dos cinemas. Mais precisamente, entre os anos de 1950 e 1970,
quando os adultos de hoje ainda eram jovens, sempre havia filmes natalinos em
cartaz.
Por exemplo, no próximo dia 22, em estreia internacional, será lançado “Capitão Fantástico”, com Viggo Mortensen no centro do elenco, ele que foi um dos heróis em “O Senhor dos Anéis”. Ambicioso, esse título teve destaque nos festivais de Cannes e Sundance deste ano. Provavelmente não houve essa intenção, mas ele funciona quase como uma parábola da trajetória de Jesus Cristo. Viggo Mortensen interpreta um visionário que vive afastado do mundo urbano, em companhia de seus 6 filhos. Na verdade seus discípulos, porque as crianças não frequentam a escola e o pai lhes ensina tudo o que elas precisam saber e que está contido na biblioteca de uma casinha no meio da floresta.
Num dos exageros de caracterização em que o filme às vezes escorrega, vemos que ele não ensina apenas o conteúdo dos livros, mas faz de seus filhos especialistas em Yoga e caçadores com treinamento militar. E todos são marxistas, oscilando entre o trotskismo e o maoísmo. Todos menos um, que se encanta com as benesses do capitalismo, na casa dos primos. E porque o roteiro precisava que um deles cumprisse a função de Judas.
Ficção narra a história de uma família bem distante dos padrões
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