Textos de Luciano Ramos (jornalista, sociólogo e escritor paulista) sobre crítica de filmes nacionais e internacionais, reflexão a respeito da arte cinematográfica, notícias sobre o mundo do cinema, inserção do cinema na história da cultura, patrimônio histórico e cultural.
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segunda-feira, 28 de novembro de 2016
"Clássicos Sci-Fi", box com 6 clássicos de ficção científica, chega a seu 3º volume
Capa da mais nova edição da coleção lançada pela Versátil Filmes
Se existe um tipo de espetáculo cinematográfico
que evoluiu de modo impressionante nos últimos tempos é, sem dúvida, o
gênero da ficção científica. É inegável o resultado das transformações na
tecnologia de produção de imagens. Uma parcela importante do público,
entretanto, se lembra com saudade dos clássicos daquele gênero cuja
criatividade, associada a certa ingenuidade narrativa, compensavam a ausência dos
recursos atuais.
Acaba de ser lançada a "Clássicos Sci-fi Vol.3", 3º volume de uma coletânea de clássicos do cinema de ficção científicas, com 3 DVDs que reúne 6 cultuados filmes, incluindo versões inéditas e restauradas e contendo uma hora
e meia de extras, com documentários e entrevistas. No primeiro disco temos "Repo Man - Onda Punk" (cujo trailer pode ser visto acima), de 1984. O diretor é o inglês Alex Cox que, em 1986, ganhou o
prêmio da crítica na Mostra Internacional de São Paulo, com o filme “Sid e
Nancy”, sobre o baixista da banda inglesa Sex Pistols. “Repo Man” é o papel de Emilio
Estevez, um jovem cujo trabalho é recuperar carros que não foram pagos. Ele
conhece um cientista louco que sequestrou alienígenas.
Cena do filme "Colossus 1980"
Nos anos de 1970, a ideia da inteligência artificial alimentava filmes que se
nutriam do receio quanto ao futuro da tecnologia. É o caso de "Colossus 1980",
obra que o detentor de vários prêmios Emmy Joseph Sargent fez em 1970. Para
evitar novas guerras, o governo dos EUA oferece a um supercomputador o controle
total sobre suas armas nucleares. Mas o resultado não deu certo. Trata-se de um
bom exemplo desse subgênero que é o do “computador fora de controle”.
Cena do filme "Fase IV: Destruição"
Na década de 1970, um dos mais admirados artistas gráficos que atuavam no
cinema era Saul Bass. Ele cuidou, por exemplo, do design da obra prima de
Hitchcock “Um Corpo que Cai”. Nesta caixa de DVDs ele apresenta "Fase IV: Destruição", de 1974. Uma dupla de cientistas investiga os efeitos de um
fenômeno cósmico que pode ter transformado as formigas do deserto em criaturas
inteligentes. O título foi cultuado nos anos de 1970, no entanto o que mais o
distingue é ter sido único longa dirigido por Saul Bass.
Outra curiosidade é "Pânico no Ano Zero", de 1962, dirigido por Ray Milland. Ele trabalhou
como ator em mais de 170 filmes e ganhou o Oscar em 1945 por “Farrapo Humano”.
E neste longa foi um dos seus raros longas-metragens como diretor. É
também um dos primeiros filmes pós-holocausto da história do cinema. Para
sobreviver, uma família sai de Los Angeles, pouco antes de uma bomba nuclear
destruir a cidade.
Um dos exemplos mais típicos da ficção científica clássica é "Daqui a Cem Anos" –
o famoso “Thingsto Come”, de 1936, dirigido por William Cameron Menzies. A
narrativa se estende de 1940 a 2036, abordando a história da humanidade
destruída pela guerra e reconstruída pela ciência. O roteiro foi escrito pelo
próprio autor do livro, o lendário H. G. Wells, criador de “Guerra dos Mundos”.
Também faz parte dessa coleção, o divertido filme B de Roger Corman "O Emissário de Outro Mundo", sobre um alienígena enviado à Califórnia, para
extrair o sangue dos humanos.
Editor Geral Doutor em Cinema pela Unicamp. Crítico de cinema da Rádio Cultura FM, no programa CINEMA FALADO. Exerceu a crítica de cinema na Rádio USP, no Jornal da Tarde e na Folha de São Paulo. Dirigiu o Departamento de cinema da Rede Bandeirantes. Roteirista das minisséries "Avenida Paulista" e "Moinhos de Vento", bem como da novela "Champanhe" da Rede Globo.
Todos os textos aqui presentes no blog são de sua autoria.
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