Falecido aos 81 anos em 1977, Howard Hawks é um dos
mais elogiados diretores da historia do cinema americano, ainda que não tenha
sido premiado pela Academia. Os críticos internacionais, especialmente os
franceses do “Cahiers du Cinema”, o colocam no mesmo nível de John Ford e
Orson Welles. Brilhava tanto na densidade dos drama policiais quanto em comédias sofisticadas, verdadeiras pérolas de criatividade e leveza. Sua imensa versatilidade lhe permitiu se exercitar em quase todos os gêneros e, talvez justamente por isso, foi considerado mais um artesão do que um autor. Formado em engenharia mecânica, ele lutou na 1ª Guerra na Força Aérea, antes de começar a trabalhar em cinema atuando em quase todas as áreas de produção e criação, até se iniciar na direção, ainda em 1926 ainda na época do cinema mudo.
Hawks fez 47 filmes, mas a Versátil acaba de lançar uma caixa com algumas
de suas obras mais significativas. Com elas podemos ter uma ideia do seu impressionante ecletismo: “À Beira do Abismo” (acima) de 1946, policial clássico com
Humphrey Bogart e Lauren Bacall – argumento de Raymond Chandler e roteiro de
ninguém menos que William Faulkner.
De 1952, “O Rio da Aventura” (acima) é um faroeste
de primeira linha, com Kirk Douglas numa expedição montada para desbravar o rio
Missouri que, em 1832, era habitado por índios hostis. E finalmente “Terra dos
Faraós” de 1955, um drama épico ambientado no antigo Egito, em que as batalhas
se entremeiam às intrigas palacianas na trajetória de um monarca que constrói
uma pirâmide onde pretende ser enterrado, junto com o seu tesouro. Uma coleção
indispensável.
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