Mas quem carrega o componente emocional do filme quase por inteiro é Viola Davis (“Dúvida” – 2008), numa atuação que lhe dá condição de competir com as demais concorrentes ao troféu de melhor atriz do cinema americano neste ano. Ela interpreta a criada da moça que lhe fornece as principais informações da reportagem, arriscando-se a enfrentar a fúria de toda a cidade e até da temível Ku Klux Klan, ainda atuante naquela época e naquele estado, em que a segregação racial era lei.
Como coadjuvantes, numa linha ao mesmo tempo cômica e dramática, temos Octavia Spencer (“Sete Vidas” – 2008), a melhor e pior cozinheira da cidade e Jessica Chastain (a mãe da “Árvore da Vida”- 2011), no papel de uma loira tão segregada quanto as empregadas de cor, ou seja, a forasteira casada com um dos homens mais ricos da cidade. Entre as duas, entretanto, Octavia se destaca pela curiosa integração de revolta, sarcasmo e bom humor que consegue imprimir à sua personagem. Mais uma vez podemos observar como o cinema americano se dispõe a criticar alguns dos aspectos mais constrangedores da história daquele país.
estreia 03 02 2012
gênero drama / social / costumes
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