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sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Os filmes da Pixar continuam a entusiasmar a criançada


O diretor John Lesseter exibe os personagens de seu filme, "Carros".

Nesta semana das crianças, recheada por um feriado, não podia faltar cinema para todas elas. Mas se você procurar pelas salas, talvez não encontre muitas opções para esse público. Ainda bem que existem várias plataformas, como se diz atualmente, ou várias prateleiras repletas de ofertas cinematográficas: locadoras, TV a cabo, serviços de streaming e muito mais. Vamos aqui ensaiar algumas sugestões.
Algumas chegam em grupo, ou em séries, como a animação "Carros" 1 e 2.O primeiro da série, foi feito em 2006 − também dirigido por John Lasseter, de "Toy Story" e "Vida de Inseto". Esse diretor que já atribuiu vida humana a brinquedos e a insetos faz o mesmo com os automóveis que, afinal, são extensões mecânicas dos próprios seres humanos. Os pára-brisas se transformam facilmente num par de olhos, com duas circunferências que servem de retinas e atribuem expressão à face. Junto com a boca que, é claro, coincide com a abertura do capô.

Há uma duradoura tradição que vem dos tempos de Walt Disney e que permite aos animadores atribuir uma vida quase humana às coisas, ou seja, aos objetos e aos animais. Mas, para os educadores, é sempre melhor quando o filme fala de gente de carne e osso, como é o caso notável de "Os Incríveis".

Cena de "Os Incríveis". Longa conta a história de uma família de super-heróis.

A série "Carros" não tem o brilho de "Os Incríveis", também da produtora Pixar, em cuja ficha técnica John Lasseter aparecia como produtor executivo. Mas tem uma história indiscutivelmente engraçada, ainda que marcada demais pela paixão que os americanos nutrem pelos automóveis. O roteiro é construído em torno de um arrogante veículo de corridas que se perde no deserto. E vai parar numa cidadezinha fora do mapa, onde é preso e condenado a reformar a estrada local.

Aí faz amizade com uma velha caminhonete e um antigo Hudson dos anos de 1950 e aprende a respeitar a vida comunitária. O herói de "Carros" vive uma trajetória de redenção pelo trabalho braçal e pela convivência com as coisas simples, exatamente na linha edificante dos filmes que Frank Capra fazia na década de 1930, para compensar o desânimo da depressão e estimular o espírito cívico. 

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