Como a maioria dos filmes do canadense David Cronemberg, Mapas para as Estrelas provoca impacto. Do elenco participam o veterano John Cusack e os jovens astros Mia Wasikowska e Robert Pattinson, além dessa atriz que vemos também em cartaz na cidade em Para Sempre Alice e O Sétimo Filho. Juliane Moore não é a protagonista do filme, mas é a personagem mais emblemática deste drama que tem como tema o desvario, a insanidade social e psíquica que domina aquele lugar.
Hollywood é a sede de uma indústria em que as pessoas são meros insumos na produção de mercadorias. Gente de carne e osso que está para os filmes assim como os chips estão para os computadores fabricados no Vale do Silício.
Atualmente a cidade anda mais comportada, mas os escândalos de Hollywood já renderam milhares de páginas em jornais sensacionalistas. Isso desde os anos 1930. Por exemplo, com os processos judiciais contra Chaplin, o produtor Paul Bern que se matou por ciúmes de Jean Harlow, o assassinato de Natalie Wood pelo marido Robert Wagner (foto abaixo) e o misterioso enforcamento de David Carradine – só pra citar alguns casos, em centenas de ocorrências escabrosas.
O núcleo do enredo de Mapas para as Estrelas é uma família de celebridades hollywoodianas em que o filho de 13 anos é um astro de filmes para adolescentes que já consome drogas pesadas e enfrenta a própria decadência no sistema de estrelas. Já o pai é uma espécie de guru dos artistas, alguém que ganha dinheiro explorando as suas neuroses e fobias. As coisas se complicam quando a filha -- incendiária sai do hospício e tenta voltar para casa que ela tinha tentado queimar alguns anos antes. Em suma, Cronemberg nos revela o lado B do cinema americano.
2 comentários:
Difícil saber o que é real ou puro marketing neste meio.
O marketing faz parte do real
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