O filme e indiscutivelmente uma jóia, não só em termos de denúncia contra a violação de direitos humanos, como um manifesto poético em defesa de uma cultura milenar e ameaçada de extinção por conta da ocupação pelos jihadistas. A região vem sendo atacada pelos fundamentalistas desde 2012 que, desde então, vem destruindo monumentos históricos considerados patrimônio da humanidade. Muito antes, portanto, do que o vandalismo que se noticia atualmente o Iraque
Timbuktu é uma região do Mali bem próxima ao deserto do Saara e habitada por tribos de tuaregues já islamizados. O filme focaliza o momento em que jihadistas controlam um vilarejo e impõe sua autoridade por meio do terror. As mulheres precisam trabalhar de burca e luvas, inclusive as que vendem peixes no mercado. O povo está proibido de fumar, de tocar ou de ouvir música, e até mesmo sorrir em público. Até jogar futebol é considerado um pecado grave.
https://www.youtube.com/watch?v=Jd8SGBqLhoc
Uma cena antológica que atesta o talento do diretor Sissako mostra um grupo de rapazes se movimentando como se estivessem jogando uma partida, mas... sem bola. Trata-se de um filme que merece ser visto, até porque apesar de todas essas qualidades, está em cartaz em apenas uma sala na cidade,
https://www.youtube.com/watch?v=gAGydP0ICLg
2 comentários:
Você deve estar falando do Boko Haram, não?
É o Exército Islâmico mesmo!
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