Comportando-se como um senhor há mais de 30 anos, Albert também gostaria de ter uma esposa para compartilhar uma casa própria. E esse é um dos aspectos mais surpreendentes do roteiro, porque não existe nesse travestimento qualquer conotação sexual. A ponto dele (a) começar a cortejar uma colega vivida por Mia Wasikowsa, que fez “Alice de Tim Burton”, e não tentar obter um beijinho sequer dessa moça que pretende pedir em casamento. Em função disso, o trabalho de Glenn Close se mostra ainda mais requintado, porque seu personagem é pura auto-repressão, treinado em jamais revelar qualquer sentimento. E mesmo assim emociona, pela depuração e pelo ascetismo que o eleva acima das pessoas comuns − talvez como um anjo, sem sexo e motivado pelas melhores intenções.
ALBERT NOBBS
Albert Nobbs
Irlanda/Reino Unido, 113 min, 16 anos
estreia 24 02 2012
gênero drama / história
Distribuição Paris Filmes
Direção Rodrigo Garcia
Com Glenn Close, Jonathan Rhys Meyers, Mia Wasikowska
COTAÇÃO
* * * *
ÓTIMO
3 comentários:
Sem ver o filme já percebo que Glen Close fez mais por merecer o Oscar no lugar de Meryl Streep.
luciano, achei a interpretação da glenn close e da outra atriz no filme que se "passa" por homem muito boa álias o filme vale pelas duas, já que a direção do rodrigo garcia é mediana, do oscar achei chato e sem graça a unica surpresa foi o artista ser melhor filme, já que é um filme francês mudo em preto e branco que fala do começo do cinema é o primeiro ator francês a ganhar o oscar, o oscar foi nostalgico.
p.s:luciano vc viu que ninguem falou do theo angelopoulis , ninguem viu que esse mestre do cinema grego faleceu, recentemente vi electra e zorba o grego vc poderia falar dele um pouco.
Enaldo,
é sempre bom ver o filme...
Abel,
Pelo menos o Estadão deu a notícia.
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